Oito de março é dia de luta das mulheres trabalhadoras!

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As mulheres trabalham mais,
ganham menos e sofrem na pele as consequências diárias da opressão e da
violência. Essa constatação não é apenas uma opinião ou sentimento. Uma em cada
três mulheres no mundo já sofreu violência física ou sexual, segundo dados da
Organização das Nações Unidas.

É por isso que o 8 de março é mais do que um dia de felicitações ou de
comemoração.

É uma data política que lembra toda a trajetória de luta das
mulheres contra a exploração brutal que enfrentaram e ainda enfrentam no
trabalho e em casa e pelo reconhecimento de seus direitos.

Apesar dos
avanços conquistados ao longo dos mais de 105 anos de existência da data, as
mulheres ainda sentem na pele diariamente o peso da opressão e da violência.
Recebem salários menores do que o dos homens, possuem dupla jornada por causa
do trabalho doméstico e estão mais sujeitas ao assédio sexual e à violência
física, que na maioria das vezes é cometida pelo próprio parceiro.

Tudo isso nos
mostra que a luta por igualdade de direitos ainda é muito atual.

O dia 8 de
março nos coloca a tarefa de reafirmar que o combate ao machismo e à opressão
feminina é parte da luta que deve ser construída por trabalhadores e
trabalhadoras em prol de uma sociedade mais justa e livre da exploração de
classe.


Novos ataques
contra as mulheres:
Reforma da Previdência igualar idade para aposentadoria

Além da violência e da opressão diária, há outras propostas que buscam
retirar direitos e aumentar ainda mais a exploração sobre as mulheres
trabalhadoras. Entre elas está a proposta de Reforma da Previdência anunciada
pelo governo federal no apagar das luzes de 2015.

O principal item da proposta é igualar a idade para a aposentadoria de homens
e mulheres, além de aumentar ainda mais a idade necessária para concessão do
benefício. Essa proposta, defendida pelo governo Dilma (PT) e apoiada por
grande parte dos parlamentares, é um grave ataque que desconsidera que as mulheres
trabalham mais horas que os homens, pois têm, no mínimo, duas jornadas.

Para pôr fim ao
machismo, é preciso unir trabalhadoras e trabalhadores na luta contra a
desigualdade e a exploração

Apesar de ser antiga, a opressão sobre as mulheres nem sempre
existiu. Foi a partir do surgimento da propriedade privada e do direito de
herança que a vigilância sobre a liberdade e sobre o corpo feminino começa a
aparecer na história da humanidade.

Nos últimos 250 anos, com o ingresso das mulheres no mercado de
trabalho, a desigualdade entre homens e mulheres passou a ser utilizada no
capitalismo para aumentar a exploração sobre o conjunto da classe trabalhadora.
Isso ocorreu porque a concorrência gerada pelos baixos salários pagos às
mulheres também foi usada como desculpa para rebaixar o nível salarial dos
homens. Nesse contexto, o machismo funcionou para legitimar a divisão imposta
pelo capitalismo e para reforçar a exploração sofrida pelo conjunto da classe
trabalhadora.

Para
superar a exploração que o capital nos impôs com essa divisão, nossa força foi
e continua sendo a união do conjunto da classe trabalhadora. Além de organizar
as mulheres trabalhadoras para resistir contra todas as formas de opressão, é
preciso fazer com que essa luta que parece específica seja encampada como parte
de uma luta geral do conjunto dos trabalhadores.

Seremos
capazes de combater mais do que os efeitos, se atuarmos enquanto classe para
atingir também as causas da opressão de gênero e de classe, avançando assim na
construção de uma sociedade mais justa e sem exploração.

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