Metalúrgicos ocupam fábrica para impedir retirada de direitos

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Na tarde
desta terça-feira (16), os trabalhadores que ocupam duas plantas industriais da
Mabe enfrentam cerco policial e ameaça de desocupação a qualquer momento. Cerca
de mil metalúrgicos ocupam as fábricas como forma de resistência e também para
impedir qualquer tentativa de retirada de máquinas e equipamentos por parte da
empresa.

A justiça
decretou a falência da Mabe do Brasil Eletrodomésticos na última sexta-feira
(12). A Mabe, indústria que produz fogões e geladeiras, possui duas plantas
industriais localizadas em Campinas e em Hortolândia.

Depois de
ter decretado falência, a Mabe afirmou não ter dinheiro para pagar as rescisões
dos trabalhadores. Mais uma vez, o capital mostra a que veio e, na primeira oportunidade,
entrega a conta da crise para a classe trabalhadora pagar.

Centenas de
trabalhadores foram demitidos ao longo de 2015 e não receberam os direitos
trabalhistas após as demissões, como o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FGTS) e o seguro desemprego. Até mesmo os trabalhadores vítimas de acidentes e
doenças provocados pelo próprio trabalho e que têm estabilidade garantida pela
Convenção de Trabalho sofreram com as demissões.

Além disso,
cerca de 1500 metalúrgicos, que estão em licença remunerada, não recebem seus
salários há cerca de três meses. A Mabe depositou apenas parte da Participação
nos Lucros e Resultados (PLR) e do décimo terceiro dos trabalhadores.

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De acordo
com o Ministério Público do Trabalho, essa é a situação trabalhista mais grave
dos últimos dois anos em andamento em Campinas, por conta da quantidade de
pessoas afetadas.

A ocupação
das plantas foi iniciada em 22 de dezembro de 2015 e, nesta segunda-feira (15),
os trabalhadores intensificaram a resistência nos portões da Mabe após
receberem a notícia da falência da empresa.

O Sindicato
dos Metalúrgicos de Campinas e a Intersindical constroem a ocupação realizada
pelos metalúrgicos da Mabe fortalecendo a mobilização e resistindo contra a
retirada de direitos imposta pelo capital.

Conjuntura

Com um
cenário de crise econômica, os empresários tentam transferir o ônus de uma crise
que eles mesmo produziram para o conjunto da classe trabalhadora. Demitem,
cortam salários, não pagam direitos, exigem sacrifícios dos trabalhadores e,
até mesmo, abrem falência, isso tudo, muitas vezes, com o aval da justiça e dos
governos.

Por isso, a
nossa luta contra patrões e governos se faz cada vez mais necessária, com
independência e autonomia, seguimos firmes contra os ataques do capital e
buscando a união de toda a classe trabalhadora por uma sociedade sem
exploração.

A direção
do SISMMAC se solidariza à luta das trabalhadoras e trabalhadores da Mabe. A
classe trabalhadora é uma só e quando lutamos juntos somos mais fortes!

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