A luta por contratação continua

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O início do segundo semestre foi
bastante conturbado para o conjunto do magistério municipal. Os cortes
realizados pela administração na véspera do recesso impactaram o dia a dia no
chão da escola. O que já não estava fácil conseguiu ficar ainda pior.

Entretanto, as professoras e
professores da rede se colocaram em movimento, mesmo durante o período de
descanso. Deram aula de mobilização ao realizarem um protesto durante a
passagem da tocha olímpica por Curitiba e também na véspera do retorno às aulas.

O barulho foi alto e a administração municipal pode ter mais uma amostra
da força do magistério que já se preparava para uma greve contra a retirada de
direitos. A mobilização fez com que a Prefeitura voltasse atrás em algumas das
medidas anunciadas na véspera do recesso. Parte dos contratos de RIT foi
reaberta e as professoras da Educação Especial que tiveram suas classes
fechadas estão sendo gradativamente realocadas em escolas de Educação Especial,
de acordo com a classificação no cadastro.

Apesar disso, esse recuo da Prefeitura não foi completo e temos a
necessidade de manter e intensificar a mobilização no chão da escola.

A Secretaria Municipal de Recursos Humanos (SMRH) garantiu que mesmo com
a suspensão dos RITs dos agentes de leitura, as bibliotecas continuariam
abertas e em pleno funcionamento. Mas não é isso que temos visto nas 184
bibliotecas da rede municipal.

A solução encontrada pela administração foi realocar agentes
administrativos e profissionais com laudo nas bibliotecas. A SMRH informou que
apenas os laudos aptos foram remanejados para a função, mas a direção do
SISMMAC já recebeu denúncias de que vários laudos não estão aptos a atuar com
crianças e que isso tem gerado um desgaste tanto para o trabalhador adoecido
quanto para os estudantes.

Mas, mesmo assim, a Prefeitura
não reconhece que, com essa medida, haverá uma mudança na proposta pedagógica
das bibliotecas. Mudança essa que sequer teve um diálogo prévio com a categoria
ou mesmo com os agentes de leitura, que se capacitaram para desempenhar a
função e foram forçados a deixar seus postos.

Outro problema insustentável na rede é a falta de inspetores nas
unidades escolares. Apesar de poder convocar os profissionais aprovados no
último concurso a qualquer momento, a administração municipal não deu indícios
de que resolverá esse problema com a agilidade que é necessária.

Ampliar a nossa mobilização

#@txt202@#Apesar de não termos definido um indicativo de greve na assembleia do
dia 2 de agosto, o magistério decidiu dar continuidade à mobilização que foi
iniciada antes do recesso. E, para além de pressionar a administração municipal
à respeito das nossas reivindicações locais no chão da escola, o maior consenso
da nossa categoria é que precisamos nos colocar em movimento contra os ataques
que o conjunto da classe trabalhadora sofre no cenário atual do nosso país. Nos
unirmos para frear os cortes impostos pelos empresários e pelo governos é a
máxima que será seguida pelo magistério municipal nesse semestre que se inicia.

São várias as formas de ataque
aos direitos dos trabalhadores. As medidas vão desde o Projeto de Lei Complementar
257/2016 (ver mais informações na página 3) até propostascomo o Projeto de Emenda à Constituição 241/2016, que congela gastos
públicos por 20 anos, e o Projeto de Lei 327/14, que impõe restrições para o
direito de greve no serviço público.

Por isso, é importante somar forças entre trabalhadores do setor público
e do setor privado e lutar com solidariedade de classe. Juntos somos mais
fortes!

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