Quem Te Viu, Quem Te Vê – Ermelina Thomacheski

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Em seus 33 anos de rede municipal de Curitiba, a professora aposentada
Ermelina Generosa Bontorin Thomacheski passou por escolas como Júlia Amaral Di
Lenna, Nossa Senhora dos Pinhais, Paranavaí e Rolândia. Além disso, ela também
trabalhou no Doutel de Andrade, um dos primeiros Centros de Educação Integral
(CEI).

Ermelina lembra que passar por tantos locais de trabalho tornou a carreira
difícil e trabalhosa. No entanto, ao mesmo tempo, foi uma experiência
enriquecedora.“Cada escola apresentava um contexto diferente e, por isso, tive
a oportunidade de conhecer várias pessoas e realidades da rede municipal”,
avalia.

Os enfrentamentos eram
constantes nos anos em que estava na ativa. Ermelina participava de atos e
mobilizações pelos direitos do magistério e do conjunto dos servidores
municipais. E mesmo depois de aposentada, a professora continua acompanhando as
ações da categoria contra os ataques. “Às vezes parece que tudo pelo o que
lutamos escorre pelos nossos dedos. Mas é preciso seguir firme na luta”,
afirma.

Além da luta, Ermelina
também tomou como desafio desconstruir a concepção de que pedagogo não se dá
bem com matemática. Para isso, ela ajudou a incentivar e divulgar a formação
continuada em educação matemática aos professores da rede. Atualmente, ela percebe
que a média em matemática dos alunos aumentou, e fica feliz pelos resultados
desse esforço que ela fez durante toda a carreira. “Eu me orgulho de ter
participado desse movimento de incentivo ao estudo e compreensão do currículo
de matemática. Além de auxiliarmos no desenvolvimento do raciocínio lógico dos
alunos, contribuímos na formação de muitos professores da rede”.

Ermelina se aposentou em 2006 e começou a participar com mais assiduidade
do Coletivo de Aposentados do SISMMAC em 2015. Ela considera que o grupo é importante
para se manter atualizada em relação aos assuntos da categoria “Participar do
Coletivo é essencial, pois tenho a necessidade de me sentir útil e de devolver
um pouco da formação que eu recebi”, diz.

Nesse mesmo ambiente do Coletivo, a professora pode rever antigos colegas
de trabalho e conhecer pessoas novas. Essa constante troca de experiências
dentro do grupo incentivou a ideia de produzir um livro de memórias, projeto do
qual Ermelina participa. “É importante registrar a vivência e a luta do
magistério, pois esses materiais ainda podem servir para estudos e para que as
gerações futuras aprendam com a nossa história”.

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