A professora aposentada Marli
Rosani Scheffer se formou em pedagogia no Rio Grande do Sul e ingressou na rede
municipal de Curitiba em 2004. Durante seus 10 anos de rede, Marli lecionou na
Escola Municipal Ditmar Brepohl, onde assumiu a direção por 6 anos. “Ser
diretora foi uma boa experiência. Nosso grupo na escola era aberto e
democrático”, lembra a professora.
A dinâmica de união estabelecida
na escola onde trabalhava foi essencial para encarar os problemas enfrentados
pela categoria. Marli recorda que sempre esteve presente nas greves e atos do
magistério, mas nenhum enfrentamento foi tão marcante quanto a luta pelo Plano
de Carreira. “Apesar de ter me preparado bem para a minha aposentadoria, o
processo acabou sendo muito sofrido para mim porque foi bem na época que
estávamos lutando pelo novo Plano de Carreira”.
Marli conseguiu se aposentar em 2014 e, no mesmo ano,
entrou para o Coletivo de Aposentados do SISMMAC. Ela considera o grupo
importante para continuar em contato com as pautas de interesse da categoria.
“No Coletivo nós discutimos vários assuntos e participamos dos atos da
categoria, como a manifestação contra o congelamento da carreira, salários e
contratações” afirma. “Não podemos ficar paradas. Devemos continuar lutando
também por aqueles que ainda estão na ativa. Se está congelado para eles, está
congelado para a gente”.
Além de apoiar o magistério por meio do Coletivo de
Aposentados, Marli também coordena um polo de pós-graduação, onde ela apoia
professoras e professores que decidem se especializar em áreas como
psicopedagogia e inclusão. E mesmo que esteja sempre na ativa, Marli também
aproveita a aposentadoria. “Eu vou à academia e viajo sempre que posso. A
melhor parte é poder passar mais tempo com a minha família”.
