Quem te viu, quem te vê: Bernardete Hertel

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Com formação em Língua Portuguesa, Bernardete Hertel
começou a lecionar na rede municipal de Curitiba em 1974. Durante mais de 20
anos de magistério, ela nunca perdeu a paixão pelo que fazia e estava sempre
disposta a lutar para garantir os seus direitos. Bernardete lembra dos atos dos
quais participava, especialmente da greve de 40 dias durante a administração de
Requião em 1987.

Bernardete dava aula principalmente na Escola Municipal
Papa João XXIII, onde suas turmas variavam do pré até a oitava série. Ela
lembra com muita satisfação das variadas dinâmicas que utilizava para ensinar
os alunos de idades diferentes, como produção de texto e contação de histórias
para estimular a leitura e a escrita. Mesmo no começo da carreira, Bernadete
tinha certeza de que aquela era sua verdadeira vocação, “Não sei fazer outra
coisa. Eu realmente me realizava dentro da sala de aula e tenho orgulho de
todos esses anos de trabalho”, diz.

Quando já tinha sete anos de aposentadoria, Bernardete
começou a participar do Coletivo de Aposentados do SISMMAC em 2002, ano em que
o Coletivo foi criado. Um dos motivos para ela participar do grupo é a
oportunidade de continuar na ativa em assuntos do interesse do magistério. “ A
gente não pode parar. O Coletivo também é uma chance de encontrar as amigas e
adquirir novos conhecimentos sem estresse”.

Para Bernardete, o Coletivo também é um espaço de troca
de experiências e recordações. No livro de contos do Coletivo de Aposentados do
SISMMAC, por exemplo, ela compartilhou duas histórias sobre suas lembranças com
alunos na sala de aula. Um trecho de um conto de sua autoria, “Momentos”, trata
da satisfação de ter se dedicado aos seus alunos e ao magistério: “Tanto tempo passado
e as sementes permaneceram vivas em terreno fértil, fazendo crescer árvores e
produzindo frutos que são o futuro. Saber que de alguma forma pude contribuir é
algo especial, que alimenta a minha alegria de ter dedicado minha vida ao
magistério”.

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