Os corais do CEI José Lamartine e da Escola Especial Ali Bark (foto) abriram o IX Congresso do Sismmac, na manhã desta quinta-feira, 29 de outubro. O evento é realizado no Colégio Rio Branco, em Curitiba.
As apresentações foram uma música em conjunto e em separado. Arrancaram aplausos e comentários entusiásticos dos convidados e congressistas.
Após as saudações de lideranças sindicais e políticos oriundos do meio sindical, os debates foram abertos pelo deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR), ex-servidor público do município de Curitiba. Ele comentou a situação política nacional. Falou da difícil relação de forças no conservador parlamento brasileiro e da necessidade de organização e pressão popular para fazer avançar leis de interesse dos trabalhadores.
Temas importantes para a nação estão em discussão no Congresso Nacional, como o Pré-Sal. “Vai ser muito importante assegurar que o Pré-sal financie um fundo para educação, saúde, habitação e áreas sociais”, afirmou o deputado. “Se depender da maioria conservadora, esse dinheiro vai todo para o setor privado”, concluiu.
De interesse direto dos trabalhadores, tramitam no legislativo as convenções 151 e 158 da OIT e a redução máxima da jornada de trabalho para 40 horas semanais, entre outros projetos.
Este também foi um tema abordado pelo sociólogo Ânderson Souza Campos, assessor político-sindical da CUT nacional. Seu tema era o papel da CUT no contexto da crise. Em sua exposição, Campos falou como a crise atingiu os trabalhadores e o trabalho que a central desenvolve de mobilização por medidas que protejam os empregos e os salários. No próximo dia 11 a CUT se une a outras centrais sindicais na 6ª Marcha da Classe Trabalhadora, em Brasília.
As professoras Ana Lorena Bruel, da rede municipal de Curitiba, e Ana Lúcia Zambão, de Araucária, trouxeram esta discussão do mundo da política e do trabalho para a Educação. Lembraram que faz parte dessa conjuntura definida antes a dificuldade de fazer os governos adotarem a hora-atividade de 33% da jornada de trabalho, por exemplo.
É também no mesmo contexto que se dará a discussão do Plano Municipal de Educação no próximo ano. Por isto será extremamente importante trazer o debate para a construção de uma política de Estado para a Educação, além dos governos e a partir do interesse dos trabalhadores, a grande maioria da população.
