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MST faz marcha no Paraná para discutir efeitos da crise e reforma agrária

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Agência Brasil – Cerca de 400 trabalhadores rurais integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Via Campesina e Assembléia Popular se dividiram em dois grupos (chamados de colunas) e atravessaram o Paraná para discutir com a população os efeitos da crise econômica na vida dos trabalhadores e o projeto de reforma agrária para o país.

Com o lema “Trabalhadores e Trabalhadoras não Pagarão pela Crise”, a Coluna Norte saiu do município de Florestópolis, em 18 de maio, e a Coluna Oeste partiu de Foz do Iguaçu, no dia seguinte. Os dois grupos percorreram 29 municípios e chegam em Curitiba nesta quinta-feira, 4 de junho. Na capital, os trabalhadores se juntam a outros movimentos sociais e realizam uma série de manifestações.

Os movimentos sociais no campo cobram agilidade no processo de reforma agrária como saída para os trabalhadores neste momento de crise. Os manifestantes da Via Campesina e da Assembléia Popular denunciam o desemprego causado pelo agronegócio. De acordo com o MST, atualmente, há cerca de 100 mil famílias acampadas em todo país. Somente no Paraná são aproximadamente 7 mil famílias vivendo sob barracas de lona, em fazendas improdutivas e beiras de estradas.

Um dos organizadores da marcha e integrante da coluna do oeste, Mário Debona disse à Agência Brasil que a participação da população tem surpreendido. “Temos realizado debates em escolas, universidades, sindicatos do comércio, associações, praças públicas e temos encontrado um trabalhador ávido por informação. Ele quer saber mais sobre a crise, o desemprego, o que fazer com o que plantou e muitos deles querem saber se vão ter terra para plantar.”

A mesma avaliação faz o integrante da coluna do norte, Diego Moreira. “Mesmo em grandes municípios como Londrina e Maringá a adesão foi muito boa. E percebemos que a informação ainda é pouca. A grande queixa é do político que não comparece à região para explicar o que está acontecendo. Eles querem saber como a crise está afetando suas vidas e como está o processo de reforma agrária”, afirma.

Na sexta-feira, 5 de junho, serão realizadas atividades no pátio de Reitoria da UFPR, em Curitiba. Confira a programação:

Manhã
10h30 – Oficina do Teatro Oprimido (em homenagem a Augusto Boal)

Tarde
14h00 – Crise Ambiental e Agroecologia, com representantes do MST
15h00 – Perspectivas para a Educação Pública hoje, com Astrid Baecker Ávila, da APUFPR-SSind
16h30 – O SUS e a Saúde como direito de todos, com representante do FOPS (Fórum Popular de Saúde)
18h30 – Oficina do Estágio Interdisciplinar de Vivência / Vídeo
19h00 – Plenária Final debate sobre a Crise, com Gilmar Mauro, da coordenação nacional do MST.

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