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Brasil é julgado em corte internacional por crime de Lerner

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Para que não esqueçamos dos crimes do governo Lerner. A imprensa corporativa (que defende as grandes corporações) silencia.

Radioagência NP – O Brasil está sendo julgado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos pela violação de direitos de trabalhadores rurais no Paraná, em 1999. Durante 49 dias, a Polícia Militar do estado grampeou o telefone de uma cooperativa e de uma associação ligada ao Movimento Sem Terra (MST) na cidade de Querência do Norte.

O governo do estado usou parte das escutas para processar lideranças do MST.O governo brasileiro justifica que as gravações foram feitas para investigar a morte de um trabalhador rural na região e suposta corrupção e desvio de verba na associação dos agricultores.

No entanto, a advogada Renata Lira, da organização não-governamental Justiça Global, sustenta que o motivo foi político. Ela espera que a Corte da Organização dos Estados Americanos (OEA) faça justiça às pessoas atingidas. ”A motivação foi política. E uma nítida demonstração de que estavam perseguindo e criminalizando os trabalhadores. Inclusive, um deles que foi interceptado teve dificuldade de tirar passaporte para ir no México, em reunião da OEA, porque estava com um mandado de prisão.”

A denúncia contra o estado brasileiro na OEA foi feita em 2000. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos reconheceu a violação em uma primeira instância e fez recomendações, como a reparação às pessoas interceptadas, mas o governo brasileiro não atendeu. Assim o caso foi direcionado à Corte, que tem seis meses para emitir parecer sobre o caso.

Trinta e duas pessoas entre padres, lideranças e até mesmo jornalistas que foram grampeadas ingressaram na Justiça do Paraná por danos morais, mas até hoje, quase dez anos depois, não foram atendidas.

Na foto: Monumento em memória ao trabalhador rural sem terra Antonio Tavares, morto pela repressão do governo Lerner. Criado por Oscar Niemeyer, o monumento foi erguido no local do assassinato, entre Curitiba e Campo Largo

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