Professores de Educação Física reuniram-se em assembléia na noite de 4 de dezembro, no Sismmac, para debater o remanejamento.
Poucos dias antes da abertura do processo de remanejamento, a Prefeitura anunciou que os professores de Educação Física deveriam escolher escola para complementar sua carga horária. Ocorre que muitos desenvolvem projetos em sua escola e a seqüência deste trabalho seria inviabilizada.
Os profissionais e a direção do Sismmac logo se mobilizaram. A categoria enviou e-mails e faxes à Prefeitura Municipal e um grupo de professores foi até a Secretaria da Educação reivindicar a revogação da medida.
A mobilização conseguiu que fosse alterado o artigo 30 da Portaria 23 da SME. As escolas já receberam fax com novas recomendações. Entre elas, o item 5 diz que “a jornada incompleta dos professores de Educação Física pode ser complementada em forma de horas-treinamento, aulas nos contraturnos ou ainda em aulas em aberto nos NRH.
O projetos de hora-treinamento ou contraturno deve ser aprovado pelo Conselho de Escola e vinculado ao Projeto Político-Pedagógico da unidade.
O ganho para a educação pública é inegável. O professor deixa de se preocupar com o deslocamento para ministrar algumas aulas apenas para complementar a carga horária, sem compromisso com a escola. Ele canaliza sua energia para pensar e desenvolver um projeto que diz respeito às necessidades da escola, dos alunos e da comunidade.
Como o processo será gerenciado pela Secretaria da Educação, precisaremos estar atentos no início do ano, para que a garantia obtida com a mobilização não seja revertida por meio de outras medidas.
Outra definição da assembléia é formar em 2009 o Coletivo dos Professores de Educação Física, com reuniões periódicas para formação e debate sobre as especificidades deste segmento dos professores.
