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Atividades presenciais na educação mostram focos de infecção

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Com retomada das atividades presenciais em escolas e CMEIS, os locais
já se tornaram foco de infecção, mesmo antes do retorno das
crianças. É o caso da regional do Boa Vista que já teve uma
trabalhadora confirmada com Covid-19 e também da regional Bairro
Novo que também teve uma trabalhadora infectada.

O que a
Prefeitura quer fazer é tratar as infecções por Covid-19 como algo
natural, afinal de contas, estamos no meio de uma pandemia. Mas a
verdade é que o retorno presencial das aulas poderia ser evitado até
os trabalhadores da educação e a população do grupo de risco ter
sido vacinada.

Desde o dia 3 de
fevereiro, os trabalhadores das unidades escolares estão em contato
direto com a população usando apenas máscaras de tecido (que não
substituem os equipamentos de proteção respiratória) para se
proteger. E, no caso dos servidores em questão que foram infectados,
todos foram afastados após apresentar sintomas. O
problema é que o vírus pode ser contagioso antes disso. De
acordo com a Universidade de La Rioja, o
vírus pode ser transmitido até dois dias antes do início dos
sintomas.

Ou seja, o
contato entre as colegas de trabalho pode ter infectado alguma outra
pessoa, ainda mais levando em consideração que a máscara de tecido
não é a melhor forma de proteção. Mas como ter certeza disso?
Não existe outra solução a não ser testar todos os
profissionais das unidades. Por isso, o SISMUC e o SISMMAC enviaram
ofícios para a Prefeitura cobrando que todos os trabalhadores dessas
unidades sejam testados antes do retorno das aulas.

Afinal de contas,
na próxima semana deve ocorrer o retorno presencial das crianças
para as escolas e CMEIs. Se algum outro trabalhador tiver sido
infectado e estiver assintomático, por exemplo, esse pode ser
transmissor do vírus aos alunos. Por isso, é responsabilidade da
administração testar os trabalhadores para manter os servidores e a
comunidade seguros.

As
denúncias não param de aparecer!

Só nesta semana
os Sindicatos têm recebido uma série de denúncias que demonstram o
quão falho é o protocolo de retorno presencial. Entre elas está a
falta de trabalhadores da limpeza nas unidades escolares, o que torna
impossível manter as áreas limpas como o protocolo determina. Além
disso, a falta de água nos bairros tem sido uma preocupação
constante dos trabalhadores da educação. Afinal de contas, se nem
para UMA unidade da Fundação de Ação Social a Prefeitura garante
caminhão pipa, já imaginou para várias escolas e CMEIS?

#@txt1690@# Isso tudo sem
contar a grande quantidade de afastamentos, em uma unidade escolar de
Santa Felicidade faltam oito profissionais que estão afastados e que
a administração não realizou a reposição do quadro. Como
retornar às aulas assim? Não podemos aceitar os protocolos
ineficazes que a atual gestão tenta empurrar para os trabalhadores.

A
transmissão está aí e a culpa não é individual de cada um

Greca adora
encher a boca para criticar a população por não respeitar as
medidas restritivas contra a Covid-19, e de fato existe uma parcela
de responsabilidade de cada um. Porém, é importante sempre lembrar
que o desprefeito nada tem feito para que a população evite
aglomerações e consiga garantir sua saúde em meio a pandemia.

Com os ônibus e
mercados lotados, qualquer um pode virar alvo do novo coronavírus. E
mesmo assim, a Prefeitura insiste no retorno presencial sem a vacina
e nem medidas básicas como a testagem massiva dos trabalhadores. E
se engana quem acha que isso tem acontecido apenas na educação. No
caso da saúde, os trabalhadores e
o SISMUC têm travado
uma luta constante para que sejam garantidos os testes para quem está
na linha de frente. Será que Greca tem medo de mostrar quantos
trabalhadores têm sido infectados na sua gestão?

E em Curitiba, a
pandemia ainda segue com um número de casos alto. A taxa de
transmissibilidade é de 0,89, de acordo com dados oficiais da
Prefeitura e a ocupação de leitos de UTI continua alta. Além
disso, devemos lembrar da nova variante do coronavírus, que ao que
tudo indica, é mais contagiosa.

Ou seja, você
teria coragem de retornar a uma sala de aula pequena e sem ventilação
dessa forma, sem garantia de testagem, máscaras e até mesmo de
distanciamento?
Este tem sido o receito de grande parte dos
trabalhadores da educação. E a preocupação atinge outras
categorias também. A saúde não pode ser ainda mais sobrecarregada,
os profissionais estão esgotados e a pandemia ainda tem um longo
caminho pela frente. Com o retorno
presencial das aulas, o contato entre a população aumentará
e, com isso, os casos também tendem a subir, prejudicando ainda mais
o sistema de saúde da cidade.

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