Sem debate, Câmara dobra repasse à CuritibaPrev e extingue mais cargos

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A ganância de Greca e dos seus vereadores de desmontar os serviços
públicos e atacar direitos não para. Na manhã desta segunda-feira (9), a
Câmara votou em regime de urgência o projeto que dobra os repasses para a
CuritibaPrev e o projeto que extingue o cargo de motorista.
A segunda
votação acontece nesta terça-feira (10).

A CuritibaPrev é uma caixa preta, sem transparência na gestão. Criado
com a propaganda de que seria um fundo autossustentável, com pouco tempo de
existência já fica claro que a realidade é bem diferente. Mas, o desprefeito e seus
aliados na Câmara não parecem estar preocupados. Enquanto usam um discurso de
contenção de gastos quando se trata de servidores e de serviços públicos, não
há nenhum problema com falta de verbas na hora de entregar dinheiro de mão
beijada para a iniciativa privada.

Isso sem contar que, enquanto a casa questiona os gastos da Prefeitura
com os servidores, responsáveis por prestar serviços à população, não há nenhum
questionamento quanto aos custos com pessoal da CuritibaPrev – que no fim das
contas é pago pela Prefeitura com base no repasse aprovado na Câmara.

As direções do SISMUC e do SISMMAC estiveram na votação para pressionar
os vereadores. Cinco minutos de fala foram concedidos a um representante dos
sindicatos, tempo insuficiente para tratar de todos os problemas apresentados
no fundo de previdência privada.Com um ano de funcionamento e ainda sem
pagar nenhuma aposentadoria ou benefício, a CuritibaPrev já não consegue pagar
sequer suas despesas administrativas sem depender do repasse da Prefeitura. Ou
seja, o futuro rombo será gigantesco e quem vai pagar essa conta?

O repasse da Prefeitura à CuritibaPrev é feito a título de empréstimo,
no entanto, não há prazo para o ressarcimento desses valores. E, considerando
que no próprio projeto enviado à Câmara é admitido que o fundo é insustentável,
é fácil perceber que provavelmente adevolução desses R$ 12 milhões aos cofres públicos seja só mais uma das tantas promessas
não cumpridas por Greca. Assim, como ele havia prometido descongelar os planos
de carreiras, mas na verdade trabalha para acabar com as carreiras dos
servidores.

Quem se prestou ao papelão de tentar justificar mais esse assalto aos
cofres públicos foi Serginho do Posto. O discurso do vereador lembrou exemplos
de fundos de previdência complementar similares à CuritibaPrev que teriam sido “assaltados” na visão
do vereador, como a Petros, da Petrobras, e a Previ, do Banco do Brasil. Será
que ele esqueceu do gigantesco assalto ao Instituto de Previdência de Curitiba,
que a Câmara aprovou em 2017, quando ele então era presidente da casa?

Extinção de cargos

A Câmara Municipal também aprovou a extinção do cargo de motorista.
Enquanto há carros parados na Prefeitura e pessoas precisando de transporte
para garantir o atendimento à população, a gestão não faz concursos para suprir
a demanda e ainda extingue o cargo.

Assim, foi dado mais um passo rumo à terceirização e sucateamento dos
serviços públicos, principal legado desse desgoverno.

Urgência para destruir serviços públicos

Chama a atenção que mais uma vez os dois projetos tenham tramitado em
regime de urgência, como virou prática comum da Câmara.
É uma forma de os
vereadores aliados de Greca tentarem se esconder e fugir do debate.

A base aliada de Greca parece ter esquecido a função do cargo que ocupa,
que deveria ser a fiscalização dos atos do prefeito e se sua gestão. Na
prática, sua atuação se resume a fazer papel de marionete, esforçando-se para
garantir que as vontades de Greca sejam atendidas no menor prazo possível e sem
qualquer análise crítica.

Isso ficou muito claro durante a sessão, quando a oposição apresentava
seus argumentos contra os projetos e os vereadores aliados de Greca sequer
estavam presentes para ouvir. Relaxavam tranquilamente tomando um cafezinho,
afinal o conchavo já estava armado.

Reforçamos o recado dado aos vereadores puxa-sacos de Greca durante a
sessão: é preciso pensar mais nas pessoas e menos nas vontades do desprefeito.

Os vereadores aliados de Grecas tentam se esconder atrás desse regime de
votação, sequer defendem os projetos que aprovam, com medo de manchar sua
imagem junto aos eleitores. Mas, se eles acham que esqueceremos de todos os
conchavos e negociatas para atacar os servidores, estão muito enganados.

Se depender dos servidores, a bancada do tratoraço não terá reeleição!

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