• Home
  • »
  • Notícias
  • »
  • Stonewall 50 anos: entenda a origem do Dia do Orgulho LGBT

Stonewall 50 anos: entenda a origem do Dia do Orgulho LGBT

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
20190628_lgbt_840x490

O Dia do Orgulho LGBT+ é
comemorado, no dia 28 de junho, em todo o mundo. Neste mesmo dia, no ano de
1969, ocorreu, na cidade de Nova York, o que veio a ser conhecido como a
Rebelião de Stonewall, em referência ao nome de um bar que era, e ainda é,
frequentado por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais e que sofria
repetidas batidas policiais, sem justificativas, em ações de bastante
truculência e preconceito da polícia.

Naquela noite, a violenta
repressão policial foi respondida pelas pessoas presentes no bar, que se
revoltaram contra as autoridades. Os enfrentamentos que seguiram por cerca de
cinco dias e tornaram-se um marco na luta pela igualdade de direitos de LGBT+.

Um mês após a revolta, foi feita
a 1ª Parada do Orgulho Gay. A comunidade LGBT+ marchou pelas ruas da cidade,
demonstrando que não estaria mais disposta a aceitar essa opressão e que
exigiria os mesmos direitos de toda a população. Desde então, esta data é
celebrada por meio de paradas e outros eventos culturais, numa expressão de
orgulho de assumir publicamente a orientação sexual e identidade de gênero.

No mês de maio, consolidou-se
também outra data que compõe a agenda dessa discussão: o Dia Internacional de
Combate à Homofobia, Lesbofobia e Transfobia. No dia 17 de maio de 1990, a
Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou da lista internacional de doenças o
homossexualismo. Esse termo hoje é considerado pejorativo por conta do sufixo
“ismo”, referente à doença, que foi substituído por “dade”, relativo ao modo de
ser.

Apesar dos avanços, discriminação e
preconceito persistem

Cada país e cultura trata na
prática a questão da homossexualidade de maneira diferente, com menor ou maior
grau de violência ou exclusão.

No Brasil, o Supremo Tribunal
Federal aprovou no dia 13 de junho desse ano a criminalização da homofobia.
O
casamento civil igualitário ocorre na prática desde 2011.

Apesar disso, tem crescido nos
últimos anos uma onda conservadora a esse respeito, como vimos nos debates sobre
a aprovação dos planos de educação.

Por outro lado, mais de 70 países
no mundo ainda criminalizam a homossexualidade.
Segundo o relatório anual da
Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e
Intersexuais (ILGA), a pena de morte para o segmento é adotada no Irã, na
Arábia Saudita, no Iêmen, na Nigéria, e em Uganda. Na Argélia, os homossexuais
estão sujeitos a até dois anos de prisão e pagamento de multa. Na Rússia,
entrou em vigor em 2013 uma lei que proíbe qualquer tipo de publicidade que
faça referência positiva à homossexualidade.

Avançar
na construção de uma sociedade livre da exploração e da desigualdade

O racismo, o machismo e as
diversas formas de preconceito em relação à orientação sexual são exemplos de
diferenças humanas que são transformadas em desigualdades.

A luta contra essas opressões
deve ser parte integrante da luta geral da classe trabalhadora contra essa
forma de viver que se sustenta sobre a nossa exploração. Apenas em uma
sociedade em que tenhamos nossa sobrevivência garantida de forma fraterna, na qual
não precisemos concorrer entre nós para nos manter vivos, é que estarão
lançadas as bases para o respeito ao diferente, seja qual for sua expressão.

Posts Relacionados