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Ministério Público pede regularização do estágio de apoio à inclusão

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A Prefeitura terá que regularizar a situação dos estagiários
que atuam como profissionais de apoio à inclusão nas escolas municipais de
Curitiba.
Esse foi um dos encaminhamentos da audiência no Ministério Público do
Trabalho desta última terça-feira (12), que deu continuidade à investigação sobre
a violação da Lei do Estágio (Lei 1.788/2008) nas contratações realizadas pela administração
pública.

Durante a reunião, que contou com a participação da direção
do SISMMAC e da vereadora Josete, o Ministério Público deixou claro que há uma
série de irregularidades no programa de estágio promovido pela Prefeitura e que
a situação precisa ser resolvida.

O Ministério Público também exigiu um posicionamento da
Prefeitura sobre a criação de um novo cargo e a realização de concurso público
para atender a necessidade de profissionais de apoio à inclusão nas escolas.
A
administração tem até o dia 31 de outubro de 2019 para apresentar um estudo com
a possibilidade ou não de concurso público.

Irregularidades no
programa de estágio

Atualmente, uma série indícios de descaracterização do
estagiário por parte da Prefeitura, o que prejudica tanto os participantes do
programa quanto os alunos atendidos nas escolas. Não há uma supervisão definida
para os estudantes estagiários
, o que faz com que eles sejam responsáveis pelos
alunos de inclusão. No entanto, pela lei do estágio, o estagiário não pode ser
responsável pelo resultado do trabalho.

Além disso, a gestão demite os estagiários no final do ano
letivo e recontrata no início do ano seguinte para evitar pagamento de
benefícios previstos na Lei do Estágio. A direção do SISMMAC denunciou essa
manobra na reunião e a Prefeitura terá que fazer contratos pelo período de dois
anos.

O estágio das escolas também não tem relação direta com o conteúdo
dos cursos dos alunos, que são de pedagogia e psicologia. A Prefeitura insiste em dizer que a atuação dos estagiários se restringe ao auxílio na alimentação, higiene e locomoção, ignorando os demais deveres e atividades de caráter pedagógico com as crianças. Dessa forma, a atuação
dos estudantes configura em trabalho, e não em estágio.

Diante das irregularidades, o município corre o risco de
sofrer uma Ação Civil Pública pelo Ministério Público
. Para evitar a judicialização,
a Prefeitura terá que se adequar às exigências da lei. O SISMMAC, em conjunto
com mães e pais dos alunos, continuará fazendo pressão para que a Prefeitura respeite
a Lei do Estágio e para garantir
profissionais especializados para o apoio à inclusão.

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