A tentativa de censurar o
pensamento crítico na educação sofreu uma nova derrota na última terça-feira
(11). Por pressão de trabalhadores da educação, movimentos sociais e
parlamentares da oposição, a comissão especial da Câmara dos Deputados encerrou
suas atividades sem ter votado o parecer do relator e o projeto conhecido como Escola
Sem Partido será arquivado.
#@txt919@# O arquivamento do projeto é uma
vitória da resistência de estudantes e educadores que se mobilizaram para defender
que a escola seja um espaço de respeito à liberdade de aprender e ensinar, que valoriza
a pluralidade de ideias e incentiva o pensamento crítico.
Entenda o que significa o projeto:
Com a desculpa de combater o
suposto problema da “doutrinação” em sala de aula, o projeto propõe acabar com
o direito à liberdade de expressão e institucionalizar a perseguição contra as
professoras e professores que são comprometidos com a formação crítica de
seus alunos.
Entre os principais absurdos do projeto,
está a previsão de fixar cartazes nas salas de aula com uma lista de deveres
dos professores. Os defensores do projeto dizem que a medida busca incentivar
que os alunos denunciem possíveis casos de abuso, mas as consequências poderiam
ser prejudiciais para a qualidade da educação.
Além de colocar em xeque a autoridade
do professor e estimular casos de indisciplina, o projeto tenta cercear o
debate sobre questões sociais. A última
versão do projeto proíbe que sejam debatidos temas relacionados à gênero e
orientação sexual.