Escola Sem Partido: intolerante e impraticável

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Não é possível ignorar fatores sociais e políticos que
afetam diretamente a comunidade escolar. Atividades relacionadas aos
acontecimentos do cotidiano auxiliam na formação de uma visão crítica das
crianças e jovens.

A construção de
uma educação emancipadora faz parte da função docente
. Ou seja, os professores
promovem um ensino humanizado, que leva em consideração o conhecimento prévio
do aluno e trabalha a diversidade como forma de conhecimento e respeito pelo
próximo.

Todos esses objetivos essenciais da educação pública estão
previstos pela Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional
(LDB). A
Constituição garante o pluralismo de ideias
e de concepções pedagógicas, a
liberdade de aprender e ensinar e o incentivo à valorização do professor.

No entanto, mesmo com o respaldo da Lei, o direito à educação pública de qualidade é
constantemente ameaçado por projetos formulados pela bancada conservadora
.
Um deles, que tem alcance nacional, é o
Projeto de Lei Escola Sem Partido
.

Ameaça à educação

Além de tirar todo o caráter crítico da escola e tentar
acabar com o pluralismo de ideias, esse
projeto cria mecanismos de fiscalização
, o que ataca diretamente o trabalho
do professor. Uma das medidas da proposta prevê a fixação de um cartaz nas
salas de aula, com uma lista de todas as
proibições aos professores
. Isso cria um cenário de intimidação e altera a
relação com o aluno. Onde antes existia uma relação de confiança, agora o aluno
se torna um vigilante para denunciar o professor, em uma época que já é difícil
estabelecer autoridade no ambiente escolar.

A proposta vende a ideia de que a neutralidade no chão da
escola é algo praticável e garantem que o ensino escolar estará sempre de
acordo com a educação religiosa e moral dada dentro de casa. Entretanto, por trás da falsa promessa de imparcialidade,
o projeto Escola Sem Partido defende um único lado
, abre uma brecha
perigosa de censura para todos os tipos de pensamento e inibe o ensino de conteúdos
importantes para a formação humana.

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Houve
diversas tentativas de aplicar o projeto “Escola Sem Partido” por todo o país,
mas a proposta ainda não obteve sucesso em ser de fato implementada devido aos
desrespeitos à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Em conjunto com o projeto, a Base Nacional Curricular Comum (BNCC) também apresenta mecanismos que
tiram a autonomia do professor e não respeitam a diversidade das comunidades
escolares brasileiras. Medidas como o PL
Escola Sem Partido e a BNCC distorcem os verdadeiros problemas que as escolas
enfrentam e reduzem a educação à um mero produto de consumo.

O discurso do
projeto dá força aos fundamentalistas e afeta o dia a dia do chão da escola!
Vamos lutar por uma educação
pública de qualidade que rechaça o discurso de ódio e é organizada
democraticamente!

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