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A resistência do magistério deve continuar e avançar em 2018!

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O governo corrupto de Temer acelerou
e aprofundou os ataques aos direitos do conjunto dos trabalhadores nesse ano para
agradar e garantir grandes lucros e privilégios aos seus sustentadores:
empresários, banqueiros e demais políticos vendidos.

A aprovação da terceirização
irrestrita em março deste ano aumenta a instabilidade no trabalhador, inclusive
do serviço público, além de diminuir os salários e piorar as condições de
trabalho de nossa classe como um todo.

Em junho, a Reforma Trabalhista
aprofundou esse ataque. O negociado vale mais que o legislado, ou seja, as leis
trabalhistas perdem sua força e agora os direitos que antes eram garantidos ficam
à mercê de acordos diretos entre patrões e trabalhadores. E agora, tentam
aprovar a Reforma da Previdência, que propõe o aumento da idade mínima para
aposentadoria: 65 anos para homens e 62
para mulheres
. No caso da educação: 60
anos para professores e professoras, um aumento de 5 e 10 anos respectivamente em
relação ao que é agora
.

Resistência dos Trabalhadores

Esses ataques fizeram com que
milhões de trabalhadores aderissem direta e indiretamente às paralisações
nacionais, principalmente às de 15 de março e 28 de abril. Nesses dois dias
nacionais de luta, fechamos mais de 90% das escolas em Curitiba. Também
desenvolvemos nossa luta contra o pacotaço do Greca e nos somamos aos demais
trabalhadores que foram às ruas da cidade para que esses ataques não passassem.

Porém, décadas de acomodação e de
perda da autonomia das principais centrais sindicais frente a partidos
políticos contribuíram para que esses dias não tivessem a dimensão que deveriam
ter.

Em vez de seguirem na construção
da Greve Geral, as principais centrais esvaziaram essa construção em favor de
uma marcha à Brasília ainda no primeiro semestre e de um abaixo-assinado pela
revogação da Reforma Trabalhista no segundo semestre.

A paralisações foram retomadas
somente em novembro, a partir da mobilização do ramo dos metalúrgicos contra a
Reforma Trabalhista e o início de sua validade. Em dezembro, já bem desarmados
como classe, fomos pautados pela Reforma da Previdência e mais um dia de
paralisação foi chamado para a véspera da votação.

Todo esse processo nos mostrou uma coisa: devemos intensificar nossa
participação na reorganização da classe trabalhadora brasileira.

Ataques em Curitiba

O ano de 2017 tem sido um ano de muitos ataques aos
trabalhadores por todo Brasil. E, em Curitiba, não foi diferente. A gestão
Rafael Greca assumiu nessa conjuntura nacional de ataques aos direitos dos
trabalhadores e inventou uma suposta dívida como desculpa – até hoje não
confirmada pelo Tribunal de Contas. Com
isso, ele aprovou, com uso de violência, seu pacotaço de desmonte do serviço
público na cidade.
Cinicamente, é chamado de Plano de Recuperação de
Curitiba.

Esse conjunto de projetos de lei foi enviado pelo executivo
para a Câmara de Vereadores, já no primeiro semestre e foi um ataque frontal aos
direitos conquistados por décadas de luta do magistério municipal. O pacotaço atingiu áreas cruciais: congelou
salários, carreiras, atacou a previdência e piorou as condições de trabalho dos
servidores que já não estavam boas.

Como resposta a todos esses ataques, construímos dias
históricos de resistência dos servidores municipais. Fizemos 14 dias de uma greve combativa, dialogamos com a
comunidade, fechamos avenidas, ocupamos a Câmara de Vereadores quando
necessário, pressionamos vereadores e até mesmo enfrentamos a repressão da Polícia
Militar que foi utilizada para garantir que arrancassem os nossos direitos.

Nos dias de aprovação do pacotaço, a sessão da Câmara Municipal
foi covardemente transferida para a Ópera de Arame. Ao som de bombas, gás
lacrimogênio e de gritos de protesto dos milhares de servidores do município, a
bancada do tratoraço aprovou a força esses ataques.

Fechamos mais de 90% das escolas
da cidade, mas, infelizmente, ainda faltou fechar um número maior de CMEIs, de
unidades básicas de saúde, da guarda municipal e demais áreas do serviço
público municipal, além de aumentar a adesão em nossa própria categoriapara termos mais chance de barrar o
pacotaço.

No segundo semestre, Greca deu
continuidade ao desmonte da estrutura pública que atende a população
trabalhadora para servir aos empresários aliados ao seu grupo político e dos
privilégios de seus mais de 400 comissionados. Em agosto, os vereadores
aprovaram a possibilidade de terceirização na educação e saúde e a criação de
um instituto privado de previdência para os servidores, o CuritibaPrev.

E agora, no fim de ano, outros
ataques são promovidos, como a revisão do dimensionamento de pessoal para pior.
Ou seja, a Prefeitura quer diminuir o
número de professores em diversas escolas para tapar buraco das mais de 700
contratações que prometeu e não fez!

Outro grave ataque recente da
Prefeitura é o aumento da alíquota do ICS. Essa é a proposta para nosso Instituto
além da cruel desobrigação da PMC em cobrir gastos com doenças de maior
complexidade. Teremos que lutar para que isso não se concretize!

A LUTA CONTINUA!

Uma Greve Geral e unificada de todos os servidores municipais junto com
a população trabalhadora precisa ser construída
para revertermos esses ataques e impedirmos outros que virão!

Para isso, precisamos avançar em nosso
diálogo e envolver a comunidade na luta pela educação. Atendemos diariamente milhares
de trabalhadores e suas famílias e devemos trazer a comunidade para conhecer os
problemas reais do serviço público, além de demonstrar para que estamos do
mesmo lado, lutando por melhores condições de trabalho que resultam na melhora
dos direitos sociais prestados para a população de Curitiba.

Essa união é algo fundamental
para o avanço de nossa resistência contra a destruição da educação, saúde,
segurança, assistência social e demais direitos, promovida por essa
administração.

Os ataques não irão cessar e
nossa resistência precisa se intensificar. Os prefeitos e suas insanidades
passam, mas quem constrói diariamente a cidade somos nós trabalhadores do
serviço público da cidade. Com as férias, devemos recarregar as baterias para a
continuidade da luta no próximo ano.

Levantar e sacudir a poeira tornam-se
necessidades para não ficarmos estáticos em meio a tanto retrocesso! Vamos
olhar nos olhos dos nossos colegas e nos apoiar mutuamente. É hora de construir
a maior luta da história da cidade de Curitiba. Vamos nos lembrar que quem faz essa cidade somos nós, população
trabalhadora, e podemos sim reverter esse quadro de terra arrasada. Podemos e
devemos!

Firmes! Eu acredito na luta!

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