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IDEB gera competição entre municípios, escolas e professores

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Entre os dias 23 de outubro e 3 de novembro as Provas Brasil serão aplicadas em todo o país. Na rede
municipal, serão avaliados alunos do 5º e 9º ano do ensino fundamental, que vão
responder questões de Língua Portuguesa e Matemática.

Essa
prova é um dos dois
elementos que compõem o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). O
cálculo do Índice é feito usando os resultados da prova e informações sobre a
aprovação ou repetência dos estudantes. O Índice é motivador de competição
entre as cidades do país. O município de Curitiba, por vários anos, foi primeiro
lugar no ranking, o que garante um bom marketing para a Prefeitura e é
utilizado nas campanhas eleitorais dos candidatos à reeleição municipal.

Uma prova é só uma prova

Não é uma prova realizada em apenas duas horas que definirá
se de fato o estudante domina o conteúdo do currículo. A prova não evidencia a
realidade cotidiana dos estudantes, suas vivencias sociais, sua oralidade e seu
potencial de aprendizagem.

Vivemos na pratica uma pressão para que o índice do IDEB não
caia, mesmo diante da piora em nossas condições de trabalho, com ausência de
contratações e diminuição de verbas nas unidades.

O Índice e políticas Internacionais

Especialistas em educação por todo o mundo tem criticado esse
formato de avaliação. Documentos de organismos internacionais incentivam essas
avaliações como forma de controle da capacitação da força de trabalho. É
preciso garantir, como o próprio Greca afirmou durante em discurso na Câmara Municipal,
que a classe trabalhadora possa aprender somente a ler e a escrever, nada além
disso.

Essa lógica perversa está presente no Brasil desde os anos de
1990, casada com a política de reforma do Estado e a imposição de uma política
pública de Estado Mínimo. A partir daí também se inicia um processo de
propaganda e responsabilização do profissional da educação pelo sucesso escolar,
ignorando a sua condição de trabalho, valorização e realidade social em que a
escola se insere.

Queremos valorização, não competição!

Recentemente, o prefeito Rafael Greca anunciou uma premiação
para as 10 melhores unidades da rede que se destacarem no IDEB em 2018. Em vez de valorizar os professores por meio do Plano de Carreira
e salários, a gestão oferece a lógica da disputa entre escolas e professores
para conseguir um prêmio.

O magistério não deve cair nessa ilusão! Se a Prefeitura não
tivesse congelado nossa carreira e tivesse pago nosso reajuste, todos os
professores poderiam desfrutar uma viagem para a Finlândia com seu próprio
salário!

Por isso é preciso atitude crítica!

Os professores realmente comprometidos lutam por uma educação
pública de qualidade, sem maquiagem e sem máscaras.

IDEB e ilusão! Lute por Valorização!

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