Na tarde da última segunda (23), a
Prefeitura enviou para a Câmara Municipal o projeto de lei que altera a eleição
de diretores e vice-diretores das escolas de Curitiba. Além da demora no envio
atrapalhar a organização do processo eleitoral, o conteúdo do projeto atropela a
maior parte das alterações debatidas na comissão formada para revisar a legislação
atual.
#@arq646@#De todas as alterações debatidas
na comissão, a Prefeitura incluiu apenas duas significativas: a ampliação do
número de representantes na comissão eleitoral e a garantia de eleição de um vice-diretor
em todas as escolas (mudança que deve afetar 11 unidades).
Greca deixou de fora o que seria
a principal alteração debatida na comissão: a eleição de um diretor e dois
vice-diretores em todas as escolas que possuem 32 turmas ou mais. Essa alteração
beneficiaria 35 escolas da rede.
Com esse gesto, Greca não
desrespeita apenas o processo de negociação e de estudo da lei que, além dos
representantes da Prefeitura, também envolveu o SISMMAC, diretores de escola e
representantes de pais e mães de alunos. Desrespeita toda a comunidade escolar
e joga na lama os princípios da gestão democrática que permeiam a eleição de
diretores de escola desde os anos 1980.
A Prefeitura desconsiderou os
avanços debatidos na comissão, mas manteve o ataque que prevê que as direções
e vice direções de escola que desenvolvem Educação de Jovens e Adultos (EJA) sejam
obrigadas a acompanhar a unidade no turno da noite. Além de fragilizar o trabalho da direção nos turnos da manhã e da tarde,
essa mudança abre brecha para a Prefeitura cortar o articulador da EJA.
O magistério acompanhará
atentamente a tramitação desse projeto na Câmara Municipal. Vamos denunciar a
postura unilateral do prefeito e pressionar os vereadores para que sejam
coerentes e respeitem as reivindicações do magistério.