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Quando a prioridade não é a educação, a violência toma conta da escola

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O último semestre foi
de grandes perdas e de muito susto em várias escolas de Curitiba. A realidade,
que não tem filtro de edição para ser mais bonita, fica claramente vulnerável e
abandonada pela gestão Greca que, entre outros interesses, vê como prioridade
apenas a retirada de direitos dos servidores e a precarização da educação
pública.

Falta de segurança
também é um problema social

Entre os fatos alarmantes está a falta
de segurança, que ocorre desde o entorno até o interior do espaço escolar. Em
agosto, segundo dados da própria Secretaria de Educação Municipal (SME), 505
escolas municipais de Curitiba foram assaltadas desde o início do ano. Entre os
locais que sofreram invasões, estão o CMEI Conjunto Mercúrio e a
Escola Municipal Irati, ambos no bairro Cajuru. No CMEI, que em apenas três
dias foi assaltado duas vezes, foram levados televisores, rádios, cobertores, brinquedos e até os alimentos
da dispensa 
também foram roubados. Já
a Escola Municipal Irati, com os assaltos frequentes nos últimos meses, já teve
oito televisores e até botijões
roubados.

Se por um lado temos uma crescente onda
de desemprego, retirada de direitos sociais e pouca ou quase nenhuma politica
social de prevenção, por outro, temos a violência aumentada proporcionalmente. Esses
acontecimentos ocorrem regularmente quando um governo legisla a favor de poucos
que têm muito em detrimento dos direitos da maioria que tem pouco.

Remediar o descaso com
mobilização e luta

Nesse cenário em que escolas
são arrombadas e assaltadas inúmeras vezes, também temos exemplos de
resistência e mobilização. É o caso da Escola Municipal CEI Augusto Cesar
Sandino que, em menos de quatro dias foi assaltada três vezes no mês de agosto.
No período de 2016, a escola havia sido assaltada sete vezes. No mês de julho
deste ano, a escola, por meio de alguns professores e professoras, se mobilizou
e entregou panfletos para os pais, pedindo ajuda à comunidade para enfrentar o
problema da violência.

Após os assaltos
subsequentes no mês de agosto, a SME “orientou” aos trabalhadores da unidade
que não falassem mais sobre os arrombamentos e assaltos, sobretudo com a
imprensa. Foi então que a própria comunidade, mães e pais dos alunos se
mobilizaram e fizeram uma panfletagem denunciando o descaso da Prefeitura com
os problemas enfrentados pela
escola. É ou não é um grande exemplo de mobilização e da relação entre escola e
comunidade que precisamos?

O exemplo da EM Augusto
Cesar Sandino traz uma inspiração da luta diária sobre o chão da escola: quando
apresentamos a realidade enfrentada por trabalhadores da escola à comunidade,
trazemos outros trabalhadores para o enfrentamento e a resistência. E isso é
necessário ao entendermos que pertencemos a uma classe trabalhadora que possui
problemas semelhantes, mesmo em diferentes espaços sociais.

Em tempos sombrios, a
união se faz necessária e somente a luta muda a vida!

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