Bancada do pacotaço quer aprovar lei da mordaça em Curitiba

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
20160810sempartido
Menos de um mês após a provação do
pacotaço, no dia 7 de julho, os vereadores Thiago Ferro (PSDB), Osias
Moraes (PRB) e Ezequias Barros (PRP) apresentaram a proposição 005.00275.2017, que prevê a criação
do programa Escola Sem Partido em Curitiba.

A Câmara Municipal está em recesso
parlamentar até dia 1º de agosto. Por isso, não há nenhum debate oficial sobre
o assunto agora. Porém, a Procuradoria Jurídica da Câmara tem 30 dias para apresentar
um parecer e então o projeto segue para análise nas comissões.

Essa proposição não é nova na Câmara. Em
2014, a vereadora Carla Pimentel (PSC) apresentou projeto similar.

A proposta
atual tem o mesmo conteúdo da anterior e está em consonância com o movimento
nacional do Escola Sem Partido. Em
todo o país, vereadores e deputados ligados a movimentos religiosos apresentam propostas
semelhantes. No estado do Alagoas, conseguiram aprovar o projeto que tem como
objetivo impedir o debate crítico e político em sala de aula, com a desculpa de
que os professores devem apresentar neutralidade ao ensinar.


Querem
aprovar mais um projeto inconstitucional

#@txt498@#
O movimento Escola Sem Partido surge
em 2003 como proposição do procurador de São Paulo, Miguel Nagib, mas ganha
corpo em 2014 com apoio da família Bolsonaro e outros parlamentares
evangélicos.

Os projetos apresentam inúmeras inconstitucionalidades. Em
Alagoas, foi garantida liminar em favor dos educadores e contrária ao projeto.

A
Educação não pode ser neutra pois a sociedade não é

Se esse projeto for aprovado, o
retrocesso para a educação curitibana será imensurável.

Seguidores desse
projeto têm difundido uma verdadeira “caça às bruxas”, incitando pais e alunos
a denunciar posturas consideradas não neutras de professores ao lecionar.

A neutralidade da escola, proposta
pelos projetos, em relação a temas políticos e religiosos, jamais deve
significar a ausência de debate sobre questões de ordem social, política e
individual. Esses e outros assuntos completam a formação humanística dos
estudantes e formam o alicerce da educação laica e libertadora em nosso país.

A
educação não é neutra. Como conseguiríamos ensinar história, geografia, arte e
língua portuguesa sem falar dos diferentes posicionamentos políticos e de
resistência do povo brasileiro?

Nossa resistência ao pacotaço,
posicionamento em assembleias de pais e panfletagens de denúncia em defesa da
educação poderiam ser prejudicados se tivéssemos um projeto como esse em vigor
no município.

É nisso que os vereadores estão mirando. Mas o debate vai mais
além.

#@vej3@#

Não
podemos aceitar a Mordaça!

É preciso denunciar a intenção desses
vereadores, que querem calar a nossa resistência e capacidade de diálogo com
alunos e comunidade.

Logo no retorno do recesso, o SISMMAC
organizará atividades de formação e debate sobre como enfrentar mais esse
ataque aos nossos direitos.

Fique atento! Só a luta muda a vida!

Posts Relacionados