Após o escândalo na duplicação do
número de pensionistas, outra manobra envolvendo as contas do Instituto de
Previdência dos Servidores do Município de Curitiba (IPMC) vem à tona.
#@arq428@#Ao entregar os novos cálculos à
Câmara, no último dia 18, o presidente do IPMC, José Taborda Rauen, afirmou que
com a exclusão dos pensionistas duplicados o déficit passou de R$ 15 bilhões
para R$ 14,3 bilhões.
O déficit real, com base nas leis
vigentes, é 47 vezes menor do que os valores divulgados.
Segundo balanço
apresentado na última reunião do Conselho de Administração, faltam apenas R$
299 milhões para garantir a aposentadoria de todos os servidores, incluindo os
que estão na ativa hoje. Esse valor, que inclui a previsão de dívidas futuras,
é chamado de déficit atuarial. Antes da correção do número de pensionistas, o
déficit estava em R$ 770
milhões.
Para chegar no déficit divulgado,
a Prefeitura incluiu no cálculo os cortes previstos no pacotaço de ajuste
fiscal que tramita na Câmara e que sequer passou ainda pela Comissão de
Legislação, Justiça e Redação.
O IPMC só terá um déficit de R$
14,3 bilhões se os vereadores aprovarem o fim da
contribuição patronal de aposentados e pensionistas e extinguirem a Lei dos
Aportes (Lei 12.821/08). Essas duas mudanças representam um corte
de cerca de R$ 50 milhões por mês.
Déficit atuarial não
é rombo
Após ter afirmado que o IPMC é um
paciente internado na UTI com hemorragia, em entrevista à RPC, Rauen voltou
atrás e abandonou o discurso alarmista. No dia 9 de maio, ele afirmou que “não
há rombo no IPMC, mas um déficit atuarial” em reunião com os vereadores na
Câmara Municipal.
A pressão dos servidores vem
desmascarando cada uma das mentiras divulgadas pela Prefeitura e pela
presidência do IPMC. Com esse falso rombo bilionário, querem convencer os
servidores de que é preciso adotar medidas urgentes para salvar nossa
aposentadoria. Mas na verdade são as medidas propostas pela Prefeitura no
pacote de ajuste fiscal que podem colocar o nosso Instituto em risco.
R$ 700 milhões em jogo
Com a correção do número de pensionistas,
o déficit divulgado pelo IPMC caiu em R$ 700 milhões, de R$ 15 bilhões para R$ 14,3
bilhões. Resta saber se é coincidência ou não o fato desse valor ser
praticamente o mesmo que a Prefeitura pretende sacar do IPMC.
Os cinco sindicatos que representam
os servidores municipais de Curitiba já enviaram ofício cobrando que a
Prefeitura entregue a base de dados usada para produzir esses cálculos.
Entretanto, ainda não houve resposta.
Pressão em defesa da nossa aposentadoria
A luta contra a aprovação do
pacotaço de ajuste fiscal continua com pressão na Câmara Municipal, atos e
coleta de assinaturas para o nosso abaixo-assinado. No próximo domingo (28), junte-se a manifestação do magistério na Feirinha do Largo da Ordem, a partir das 10h.
Vamos cobrar a retirada dos projetos e buscar o apoio da população para nossa
luta em defesa de direitos!
