Sindicatos cobram que pacotaço seja retirado

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20170410_camara

A semana começou com mobilização na Câmara Municipal, durante
reunião chamada pelos vereadores para debater o pacote de ajuste fiscal proposto
pelo prefeito Rafael Greca. Nesta segunda-feira (10), mais de 100 servidoras e
servidores se organizaram para participar da reunião e deixaram claro aos
vereadores que não aceitarão qualquer ameaça de retirada de direitos.

A direção do SISMMAC, em conjunto com os outros quatro
sindicatos que representam os servidores municipais, apresentou aos vereadores uma
análise dos 12 projetos lei que compõem o pacotaço. Além de mostrar como cada
ataque afetará os servidores e a qualidade dos serviços públicos, apresentaram também
dados que contradizem os argumentos usados por Rafael Greca para tentar
justificar a necessidade desses cortes.

Uma das informações questionáveis divulgadas pela
administração municipal diz respeito à situação atual do Instituto de
Previdência dos Servidores do Município de Curitiba (IPMC). Em entrevista à RPC,
o presidente do Instituto, José Luiz Rauen, comparou o IPMC a um paciente
internado na UTI com hemorragia, mas o Instituto fechou o primeiro bimestre com
saldo positivo de R$64,4 milhões.

Estudos realizados pelos cinco sindicatos indicam que são as
mudanças propostas pela Prefeitura agora que podem colocar o IPMC em risco. Além
de sacar R$ 600 milhões do patrimônio do Instituto, as medidas preveem ainda suspensão
de repasses que totalizam R$ 50 milhões por mês.

Ajuste fiscal

#@txt382@#Os 12 projetos de ajuste fiscal prejudicam toda a população
e não devem seguir para votação sem um amplo debate. Por isso, as propostas
devem ser retiradas de tramitação para que o diálogo com a sociedade ocorra sem
pressa, nem ultimatos.

A realização dessa primeira reunião com os vereadores foi
resultado da pressão dos servidores e das mobilizações realizadas nas
regionais. Mais uma vez, o magistério mostrou toda sua garra e disposição de
luta. A participação foi tão grande que as professoras e professores não couberam
no pequeno auditório disponibilizado pela Câmara.

#@txt383@#Com a apresentação de dados que contrapõem o discurso da
administração, conseguimos responsabilizar cada vereador e vereadora pelas
decisões que tomarão daqui para frente.

Agora, a mobilização continua com ato nas regionais e nas
audiências públicas que serão realizadas nesta semana para a construção da Lei
de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Assim que o calendário da tramitação for
definido, os servidores municipais se reunirão em uma assembleia unificada para
definir ações conjuntas e decidir sobre a greve geral do funcionalismo
municipal.

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