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Magistério cobra reunião com Greca em audiência de prestação de contas

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O secretário de Finanças, Vitor Puppi, apresentou nesta quarta-feira (22) a lista de
dívidas da Prefeitura na Câmara Municipal. Entretanto, não incluiu
na apresentação a dívida que a administração municipal tem com Plano de Carreira
do magistério.
São pelo menos dois meses de calote, já que o Plano deveria
ter sido implementado em dezembro do ano passado.

Cerca de 100 professoras e professores acompanharam a audiência. Além de exigir
respeito aos direitos dos servidores municipais, nossa mobilização repudiou as
iniciativas que tentam jogar a conta da crise nas costas do funcionalismo e dos
trabalhadores em geral.

A direção do SISMMAC cobrou novamente a apresentação dos impactos financeiros da
implantação do Plano de Carreira. Em declarações à imprensa, a administração
alega que não tem dinheiro para pagar o Plano e diz que até o reajuste salarial
dos servidores está ameaçado, mas ainda não mostrou os reais impactos
financeiros.

O SISMMAC também cobrou que a Prefeitura receba os sindicatos em
negociação antes que qualquer projeto de ajuste fiscal seja enviado à Câmara
Municipal. Rafael Greca já está terminando o seu segundo mês a frente da
Prefeitura e até agora não recebeu os sindicatos.

Durante a audiência, várias professoras da rede denunciaram os problemas
vividos na rede municipal de Curitiba para o secretário de Finanças e
vereadores presentes e cobraram a implantação do novo Plano de Carreira. Essa pressão fez com que os sindicatos
fossem recebidos em negociação pelo presidente e pelo líder do governo na
Câmara Municipal.

Ajuste fiscal

Na apresentação da prestação de contas,
a administração deixou claro que os servidores municipais serão o principal
alvo do pacote de ajuste fiscal que pretende aprovar neste ano. A diretora de Administração e Finanças, Aline
Bobo, começou sua apresentação destacando o percentual da folha de pagamento que
é destinada ao pagamento dos servidores. Do total deR$ 140 milhões de
orçamento em 2016, R$ 102,4 milhões teriam sido gastos com a folha de
pagamento.

Ao expor esses dados, a
administração insinua que os servidores recebem muito e que os cortes devem
atingir nossos direitos. Entretanto, o percentual está abaixo dos limites impostos
pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Após ser cobrado pelo SISMMAC, secretário de Finanças afirmou que o
pacote de ajuste fiscal ainda não está fechado. Puppi adiantou,
entretanto, que a administração pretende incluir uma reforma da previdência
municipal
nesse pacote.

Durante a audiência, o secretário de Finanças
afirmou que prioridade da Prefeitura é pagar os salários dos servidores. Também
garantiu que os sindicatos serão recebidos pelo prefeito Rafael Greca antes do
envio de qualquer projeto de ajuste fiscal à Câmara Municipal.

O magistério de Curitiba terá que ficar atento e
manter pressão para lutar contra qualquer ameaça de retrocesso. Acompanhe as
notícias no site do SISMMAC e participe da assembleia do próximo dia 9 de
março, no Paraná Clube! Se a Prefeitura não recuar nos ataques, é greve por
tempo indeterminado a partir do dia 15 de março!

Contradição nos dados
apresentados pela Prefeitura

Entre as principais dividas
listadas por Puppi, está o parcelamento de R$ 233 milhões da dívida com o Instituto
de Previdência dos Servidores do Município de Curitiba. A apresentação dá a entender que se trata de uma dívida deste ano. Entretanto, esse parcelamento se
estende por cinco anos e só será finalizada em 2021.

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