Além da indefinição para contratação de professores, a falta de inspetores é outra dificuldade que estudantes têm enfrentado nos pátios e corredores desde que as aulas voltaram na rede municipal de ensino de Curitiba. De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), a capital tem 834 inspetores nos pátios das escolas municipais e um déficit de cerca de 200 profissionais. Essa realidade acaba refletindo dentro das salas de aula: são os professores que têm de fazer uma espécie de jornada extra para suprir essa demanda.
É o que ocorre, por exemplo, na Escola Municipal Lina Maria Moreira, no Campo Comprido. Sem inspetores, são as professoras e demais funcionárias que precisam abrir mão do horário de almoço para ficar de olho nas mais de 310 crianças que ficam em período integral na unidade. Pai de uma aluna, Fabiano Luder se preocupa com o quanto essa jornada dupla pode afetar a qualidade das aulas, além da própria segurança dos estudantes.
O ponto é que, segundo o sindicato dos servidores municipais, a lista de espera de profissionais concursados seria o suficiente para resolver o problema. “São mais de 200 pessoas na espera para serem chamadas em vários concursos. Estamos acompanhando as reclamações e cobrando a prefeitura para que ela convoque esse pessoal”, destacou Soraya.