Após pressão do magistério, Prefeitura ameniza mudanças no RIT

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20170210_rit

Na manhã desta sexta-feira (10),
a Prefeitura convocou as direções de escolas às pressas para uma reunião sobre as
mudanças nas regras para concessão do Regime Integral de Trabalho (RIT). A insatisfação
do magistério e a firmeza de várias direções de escola junto com o Sindicato fizeram
a administração garantir a liberação de RITs
em número suficiente para cobrir todas as vagas efetivas e todas as licenças com
mais de 30 dias.

A Prefeitura também recuou na exigência
de que todas as vagas de RIT fossem destinadas para professoras e professores
cadastrados no banco criado pela administração que prioriza os menores
salários. Agora, as direções de escola
poderão exercer sua autonomia para indicar 50% das vagas de RIT e os outros 50%
serão escolhidos do banco junto com as chefias de núcleo, podendo dar preferência
às professoras e professores que já estão lotados na unidade.

Essa é ainda uma conquista
parcial, que garante apenas condições mínimas para o retorno das aulas na
próxima segunda-feira. Teremos que ficar atentos para cobrar respeito a nossas
condições de trabalho, com contratação dos aprovados nos concursos, cumprimento
do plano de carreira e respeito a nossa data-base! A assembleia do próximo dia
20 de fevereiro será fundamental para avaliar se os compromissos assumidos hoje
foram realmente cumpridos e organizar os próximos passos da luta do magistério!
Participe!

Desorganização e clima no retorno das aulas

Na tarde de ontem, as direções de
escola foram avisadas de que os RITs que estavam organizados para o início do
semestre não seriam efetivados. A informação gerou revolta, especialmente
porque chegou de maneira desencontrada nas unidades e em cima do
retorno das aulas.

A Prefeitura queria impor que a
distribuição de RITs fosse definida de forma vertical pelos chefes de núcleo, através
de um banco de dados. Além de desrespeitar a autonomia das escolas, a
administração também afirmou que priorizaria os profissionais com menor tempo
de rede e salários mais baixos. Para a direção do SISMMAC, esse critério é uma
forma de discriminação contra as professoras e professores que dedicaram vários
anos de sua vida à rede municipal de Curitiba.

Negociação com a Prefeitura

No início da reunião, o tom da
administração municipal era de apenas esclarecer como funcionaria a concessão de
RITs neste ano. As direções de escola não abaixaram a cabeça para essa
imposição e, junto com o SISMMAC, cobraram condições mínimas para o retorno das
aulas. Só ao final, após a chegada da secretária de Educação, Maria Silvia
Winke, a administração aceitou negociar e reviu as informações repassadas às
direções no dia anterior.

Durante a reunião, a secretária também
afirmou que receberia o Sindicato para negociar na próxima semana.

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