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Balanço de gestão: coerência entre os princípios e nossa prática

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Além de dar prioridade ao trabalho de base, o
sindicato deve colocar as reivindicações dos trabalhadores em primeiro plano e
por isso não pode ter “rabo preso” com parlamentares, partidos ou patrões. Essa postura independente que o SISMMAC
constrói desde 2011 nos permite cobrar abertamente a administração municipal,
seja qual for o partido ou prefeito que esteja na gestão.

Nas últimas
eleições municipais, o SISMMAC não apoiou nenhum dos candidatos. Acompanhamos as
promessas feitas nas propagandas, vimos a educação aparecer novamente em várias
campanhas, mas sabemos que só com luta
mudaremos nossa realidade
. Isso vale para campanhas municipais, estaduais e
federais. 

É um erro transformar a eleição de um candidato
em principal tarefa do movimento sindical. Nós, trabalhadores, não podemos cair
na ilusão de que eleger nosso patrão mudará a estrutura do estado capitalista,
que destina a maior parte do seu orçamento para manter os privilégios e os
lucros de banqueiros e grandes empresários. O Congresso Nacional deu um exemplo
desse caráter elitista do estado no último mês, quando aprovou a PEC do
Congelamento e passou por cima da opinião da maioria da população trabalhadora.

Construir a autonomia fazendo o
balanço do movimento sindical

Em 2012, o SISMMAC se
desfiliou da Central Única dos Trabalhadores (CUT) por entender que a entidade abandonou
sua independência e passou a atuar contra os interesses dos trabalhadores. O
aparelhamento da CUT, que se transformou em um braço do Partido dos Trabalhadores,
fez com que a Central defendesse a sustentação do governo como prioridade,
secundarizando as reivindicações dos trabalhadores. Em vários momentos, apoiou
medidas que retiram direitos, como o Programa de Proteção ao Emprego (PPE).

Ao
falar de independência e autonomia não podemos deixar de falar das organizações
que aparelham o movimento sindical e transformam as centrais sindicais em fonte
de renda para seus partidos e campanhas. É o caso da Força Sindical, UGT, CTB,
Nova Central e CUT que recebem 10% da fatia do imposto sindical que é
descontado dos trabalhadores de forma compulsória. De
abril de 2008 a abril de 2015, o governo federal repassou R$ 1 bilhão para
centrais sindicais.


Contribuir na reorganização da classe trabalhadora

Ao criticar os instrumentos da classe trabalhadora que se
degeneraram, não negamos a importância de avançar na reorganização da classe
trabalhadora, nem a necessidade de termos uma organização sindical combativa a
nível nacional.

Entretanto, é fundamental que essa reorganização ocorra a partir
da base. Criar uma central à revelia da classe trabalhadora nos faria cometer
os velhos erros do movimento sindical burocratizado e distante de suas bases.

Relação do SISMMAC com
a Intersindical

Vários diretores do SISMMAC têm proximidade e constroem a Intersindical
– Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora
. Essa
organização sindical, que não se autoproclama uma central, é herdeira da
tradição que lutouativamente contra a ditadura militar e pela reorganização do
sindicalismo combativo no Brasil. Organiza-se
em torno dos princípios de independência de patrões e governos, autonomia
frente aos partidos e organização pela base para contribuir no avanço de um
sindicalismo combativo, independente e que contribua para a derrota do capital
e seu Estado. É composta por operários metalúrgicos, têxteis, químicos, da
indústria da alimentação, sapateiros, professores, funcionários públicos,
petroleiros, radialistas, vigilantes, bancários e trabalhadores dos correios.

Contribuição com a mobilização e reorganização
dos trabalhadores

Desde
2012, o SISMMAC apoia oposições sindicais e organizações que constroem na
prática os nossos princípios. A decisão, aprovado em nosso X Congresso,
repassou os 6% que antes eram destinados à CUT para essas ajudas.

Ao
longo da gestão Novos Rumos, cumprimos essa deliberação com responsabilidade. Ajudamos
sapateiros, bancários, professores, estudantes, metalúrgicos e têxteis
financeiramente e também com apoio político. Nossa ajuda foi fundamental para
que vários trabalhadores retomassem seus sindicatos para a luta!

Princípios que conduzem o trabalho sindical
do SISMMAC

·
Foco no trabalho de base, com ação nos locais
de trabalho

·
Formação política

·
Autonomia
em relação aos partidos políticos 

·
Independência frente a patrões e governos

·
Contribuir
com as lutas de outras categorias e no processo de reorganização da classe trabalhadora

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