Debate esquenta mobilização na Escola Maria do Carmo Martins

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20160818mariadocarmo

Após todo um dia trabalho, as
professoras e professores da Escola Municipal Maria do Carmo Martins se
reuniram, na noite de quinta-feira (18), para analisar e debater o conjunto de
ataques que ameaçam os direitos dos trabalhadores e a qualidade do serviço
público.

O momento de estudo após o fim
das aulas contou com a participação de cerca de 20 pessoas e mostrou a garra e
disposição de luta do magistério de Curitiba. Para garantir a realização do
debate, as professoras e professores tiveram que enfrentar o cansaço, o clima
chuvoso e até mesmo uma tentativa de desmobilização do núcleo regional. Mesmo assim, o magistério se manteve firme, pois sabe que o primeiro passo para organizar
a resistência aos ataques é a mobilização consciente nos locais de trabalho. Quem
sabe mais luta melhor!

O debate, organizado pela
comunidade escolar em conjunto com o SISMMAC, analisou as propostas de desmonte
da previdência que estão sendo formuladas pelo governo interino de Michel Temer.
Com o objetivo de testar a repercussão e
a possível reação dos trabalhadores, Temer e seus ministros vem anunciando os possíveis
ataques, como aumento da idade mínima para 65 anos. A expectativa do governo é
enviar o projeto ainda este ano para o Congresso Nacional.

Os ataques que buscam desmontar o
serviço público também. Junto com o Projeto de Lei Completar 257, aprovado na
Câmara dos Deputados na semana passada, a Proposta de Emenda Constitucional 241
quer congelar investimentos no serviço público por 20 anos. A medida prevê que
os gastos públicos não podem crescer acima da inflação acumulada no ano
anterior e regra só poderia ser alterada antes depois de seu décimo ano de
vigência.

As professoras e professores também
debateram as ameaças do Escola Sem Partido. Com a desculpa de impedir uma
suposta ‘doutrinação ideológica’, o projeto busca é impedir o debate dos
problemas sociais em sala de aula e impor um clima de perseguição e caça aos
professores. Além do Projeto de Lei 193/2016, que tramita no Senado, há outras
três propostas semelhantes na Câmara dos Deputados, em assembleias legislativas
estaduais e na Câmara dos Vereadores de Curitiba.

Magistério de Curitiba rumo à construção da greve geral em defesa de direitos

No mês de junho, o SISMMAC produziu um panfleto junto com outros sindicatos que denuncia os ataques aos direitos dos trabalhadores. Também começamos a mobilizar os locais de trabalho, com
fotos e panfletagem para a comunidade. Além de informar os colegas, pais e
população em geral sobre esses ataques, essas ações também buscaram esquentar o
clima de resistência e preparar a mobilização!

Em agosto, as professoras e professores da Escola Municipal CEI José Lamartine
realizaram uma mobilização, no horário da saída
dos alunos, em defesa do serviços públicos.

Esses foram
os primeiros passos de uma luta que terá que crescer muito no segundo semestre.
Vamos nos unir a outras
categorias e construir uma forte Greve Geral, que pare todos os locais de
trabalho, desde fábricas até escolas.

Vamos nos colocar em
movimento e mostrar que os trabalhadores não aceitarão a retirada de direitos,
nem o desmonte dos serviços públicos!

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