Saque de R$ 600 milhões ameaça quebrar investimentos do IPMC

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20170529_aposentadoria

Além de ser inconstitucional,
o saque de mais de R$ 600 milhões que a Prefeitura pretende fazer no Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Curitiba
(IPMC) pode arrebentar de vez com a política de investimentos mantida há anos
pelo Instituto.

A maior parte do patrimônio do
IPMC está aplicado em investimentos com prazo de retirada predeterminado, que
é justamente o que torna o investimento mais rentável. Se a Câmara Municipal
autorizar o saque, o prejuízo será superior aos R$ 600 milhões. Somará ainda os
prejuízos de médio e longo prazo gerados pelo saque antecipado e pela perda dos
rendimentos futuros já previstos nos cálculos.

O montante que a Prefeitura
pretende sacar representa 27% de todo o patrimônio do IPMC e por isso as consequências
do saque podem ser desastrosas. Na prática, nosso Instituto perderá parte do
dinheiro poupado para pagar as aposentadorias das próximas gerações.

#@arq433@#No último dia 22 de maio, o diretor
administrativo e financeiro do IPMC, Luiz Carlos da Silva reconheceu o risco de
perda de investimentos. Ele admitiu que, caso o projeto seja aprovado, ocorrerá
um desinvestimento do fundo e toda a gestão das aplicações terá que ser
revista.

Hoje, o IPMC tem um patrimônio de
R$ 2,3 bilhões. Desse total, 90,58% estão investidos em renda fixa e 8,11% em
imóveis. Há também um pequeno percentual em renda variável e em depósito
judicial.

Não permitiremos que assaltem
nossa Previdência!

A Prefeitura quer parar de
repassar a contribuição patronal de aposentados e pensionistas e ainda pretende
sacar os valores que supostamente foram pagos a mais nos últimos anos.

Análise feita pela própria
Procuradoria Jurídica da Câmara Municipal, entretanto, mostrou que esse saque é
inconstitucional. Isso porque a legislação não permite que a interpretação de
uma lei entre em vigor já com efeito retroativo.

Segundo o parecer da
Procuradoria, o corte da contribuição patronal de aposentados e pensionistas
proposto pela Prefeitura só pode entrar em vigor após a aprovação da lei.

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