Na mídia: No aniversário da cidade, sindicatos protestam na Câmara

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Quatro
sindicatos que representam o funcionalismo municipal estiveram presentes
à sessão plenária da Câmara Municipal, desta terça-feira (29), com o
objetivo de questionar as políticas salariais adotadas, entre outras
questões. Foram eles: Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal
de Curitiba (Sismmac), Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de
Curitiba (Sismuc), Sindicato da Guarda Municipal de Curitiba (Sigmuc) e
Sindicato dos Analistas de Tributos Municipais de Curitiba (AFISC-
SINDICAL).

O
professor Adriano Vieira, do Sismmac, ocupou a tribuna representando o
coletivo dos aposentados. Para ele, apesar da aprovação da lei 14.544/2014,
que regulamentou os cargos e salários do município, os direitos dos
aposentados, como os retroativos, continuam sendo negados. “Se hoje
Curitiba tem um dos melhores Índices de Desenvolvimento da Educação
Básica (IDEB) do Brasil, isso se deve aos professores aposentados que
tanto contribuíram para o ensino em nossa cidade”.

O
reajuste salarial também foi abordado por Vieira. “Curitiba adotou o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo [IPCA], o que significa
uma perda. Exigimos a adoção do índice real, do Índice Nacional de
Preços ao Consumidor [INPC]”. Além disso, segundo ele, o município
apresenta outros problemas como a falta de unidades de ensino e de
profissionais. “O slogan é Cidade mais Humana? Não parece, considerando
que querem empurrar os problemas com a barriga”.

Irene
Rodrigues, do Sismuc, iniciou sua fala destacando a falta de
professores que, de acordo com ela, também ocorre na educação infantil.
Segundo ela, “temos uma lei municipal que fala em hora-atividade. É o
momento em que o professor faz relatórios, conversa com os pais, é o
momento que o professor tem para se preparar. A lei fala em 20% do tempo
de atividade do professor para estas funções, mas infelizmente esse
direito não tem sido garantido”.

“Falar
dos problemas da educação implica em falar dos problemas da cidade”,
reforçou Irene. Para ela, quem vê as flores do Jardim Botânico não sabe
que os trabalhadores que quem as plantou não possui plano de carreira.
Eletricistas, carpinteiros e outras atividades foram unificadas em um
único cargo “polivalente”, salientou a sindicalista. “Estamos aqui em
nome dos 45 mil servidores municipais que se unem por valorização e por
dignidade”.

Luiz
Vecchi, presidente do Sigmuc, falou que os 323 anos de Curitiba estão
sendo marcados pela falta de respeito da prefeitura em relação ao
funcionalismo. “Os quatro sindicatos hoje presentes queriam comemorar o
aniversário da cidade, mas viemos falar de promessas não cumpridas”
disse Vecchi. Para ele, “o plano de carreira não foi implantado de forma
integral e a atual gestão criou distorções”, reclamou.

Vecchi
também salientou a necessidade da prefeitura adotar o INPC para os
cálculos salariais. “A adoção do IPCA nos pareceu errada. Conseguimos,
ao menos, unificar essas parcelas, mas a mudança para o INPC ainda está
em negociação”, finalizou.

Texto: João Cândido Martins Revisão: Claudia Krüger

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