Vacinação dos trabalhadores da saúde começa atrasada e sem orientações

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Os trabalhadores da saúde que atuam diariamente no atendimento a pacientes com coronavírus não estão tendo a vacinação em Curitiba com a agilidade que deveriam. A primeira dose da vacina na capital foi aplicada no dia 18 de janeiro, em uma enfermeira que atua na linha de frente do combate ao coronavírus, mas a ação parece não ter passado de propaganda.

O Plano Municipal de Vacinação prevê que os trabalhadores da saúde da linha de frente estejam entre os primeiros a serem imunizados. No entanto, foi somente uma semana depois, no dia 25 de janeiro, que a Prefeitura anunciou o início da vacinação para os trabalhadores da saúde que estão na linha de frente. Diante do avanço da pandemia e da exaustão que esses trabalhadores estão vivendo, cada dia a mais de demora para receber a imunização é motivo de angústia e de incertezas.

#@txt1676@#Além da demora, outro motivo de insatisfação da categoria é a dinâmica da vacinação concentrada no Parque Barigui, em vez de adotar a vacinação nos locais de trabalho. A necessidade de deslocamento ignora completamente a realidade de falta de trabalhadores para atender a demanda das unidades de saúde. Enquanto os trabalhadores precisam se deslocar até o pavilhão de vacinação, muitas vezes vindo de regionais distantes, o restante da equipe fica ainda mais sobrecarregada.

#@arq1677@#Também falta diálogo e informações por parte da secretaria de saúde. Os servidores relatam que só ficam sabendo das notícias que saem na imprensa local, não há orientações específicas por parte das chefias.

Infelizmente, essa postura que desvaloriza os trabalhadores da linha de frente não é novidade, já que há dez meses o SISMUC e o SISMMAC vêm denunciando o descaso da Secretaria de Saúde com quem atua diretamente no atendimento a pacientes com Covid-19. A rotina dos trabalhadores que atuam no atendimento a pacientes com coronavírus em Curitiba tem sido extenuante. Como denunciado pelo SISMUC inúmeras vezes durante a pandemia, as condições de trabalho são precárias e acabam colocando a vida desses trabalhadores em risco. EPIs inadequados, falta de equipe, estrutura precária, sobrecarga e assédio moral são algumas das situações vivenciadas por esses trabalhadores e que já foram denunciadas ao sindicato.

Os sindicatos ressaltam a urgência na vacinação de todos os trabalhadores da saúde que atuam no atendimento à população. Com a alta propagação do vírus, não basta vacinar aqueles que estão no setor covid, porque muitas vezes os trabalhadores da saúde podem ter contato com casos assintomáticos e estão expostos ao risco diariamente.

Além dos trabalhadores da saúde, temos outras categorias que estão na linha de frente e expostas, então precisam de vacina com urgência, como é o caso dos trabalhadores da FAS. Os trabalhadores da educação também precisam estar entre os grupos prioritários para receber a vacinação e os sindicatos em conjunto com os trabalhadores reivindicam que as aulas presenciais só sejam retomadas quando a vacina for garantida para essa categoria.

A vacina é o único recurso com eficácia comprovada para combater a pandemia do novo coronavírus. É urgente que os governos avancem nas negociações para garantir a imunização dos trabalhadores da linha de frente e dos grupos de risco.

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