A cada 23 minutos morre um jovem negro no Brasil

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Trabalhadores negros são as maiores vítimas de homicídios no Brasil. Em 2017, 75,5% das pessoas assassinadas no país eram pretas, o equivalente a 49.524 vítimas. Nós sabemos que a esmagadora maioria dessas vítimas é oriunda da classe trabalhadora, da periferia das grandes e pequenas cidades e sofre cotidianamente com a miséria e com o esquecimento e a falta de acesso aos serviços públicos impostos pelo Estado e pelo sistema capitalista.

Sendo assim, os números da violência contra trabalhadores negros só crescem com poucas ações e políticas para que as estatísticas sejam revertidas.

A taxa de homicídios de negros no Brasil saltou de 34 para 37,8 por 100 mil habitantes entre 2008 e 2018, o que representa aumento de 11,5% no período, de acordo com o Atlas da Violência 2020 divulgado no final de agosto.

Já os assassinatos entre os não negros no mesmo comparativo registraram uma diminuição de 12,9% (de uma taxa de 15,9 para 13,9 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes).

Entre as vítimas de violência letal aqui no país, 74,4% são negras. A cada 23 minutos morre uma pessoa negra. São 23.100 jovens negros mortos por ano, cerca de 63 por dia. A chance de um jovem negro ser morto é 2,5 vezes maior do que a de um jovem branco.

No Brasil, a polícia também mata mais a população preta. Em 2019, o braço armado do Estado fez 5.804 vítimas. Do total, 75% (ou 4.533) eram negros. E, mesmo entre policiais, o número de mortos é superior quando se trata de pessoas pretas, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 65,1% dos policiais assassinados são negros.

É preciso conhecer aqueles que já fazem essas denúncias cotidianamente, se organizar e lutar para que essas mudanças ocorram de fato. Os sindicatos selecionaram dois vídeos que abordam o conceito de branquitude e como ela determina as relações raciais e a intervenção do Estado.

Você já ouviu falar em Pacto Narcísico da Branquitude? Então confere esse vídeo em https://bit.ly/3nrCNWy conheça como ele é determinante para entender as relações raciais e de trabalho no Brasil.

E o segundo vídeo, que você confere em https://bit.ly/35E2hd8 fala sobre como o Estado manifesta características da branquitude.

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