28 de junho: 51 anos da luta em Stonewall

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Há 51 anos atrás, na cidade de Nova York num bar chamado
Stonewall, a indignação contra tanto desrespeito e violência contra gays,
lésbicas, transexuais se colocou em movimento.
No dia 28 de junho,
não só frequentadores daquele espaço, mas centenas de LGBTs saíram às ruas
para protestar contra a violência policial e, mais do que isso , para gritar
pelo direito de existir conforme sua orientação sexual.

A partir desse dia, manifestações em defesa da vida e dos direitos de LGBTs se
espalharam em diversos lugares do mundo e assim o 28 de junho marca a luta
contra a discriminação e o desrespeito que fere e mata.

No Brasil, o ainda presidente Bolsonaro, o mesmo que segue desdenhando da morte
de mais de 57 mil pessoas mortas pelo novo coronavírus, disse quando era
deputado que preferia ter um filho morto a ter um filho homossexual.

Logo que assumiu, seu governo retirou LGBTs das diretrizes de Direitos Humanos
e suspendeu editais para filmes que tivessem a temática LGBT, ou seja, se
utilizou da caneta de presidente para colocar em movimento seu ódio homofóbico.

Segundo o relatório do Grupo Gay da Bahia, houve um aumento de 14% no número de
assassinatos contra LGBTs no ano de 2019. Os crimes são carregados de requintes
de crueldade, o que mostra como a alienação e o preconceito alimentam o
desrespeito que mata e fere quem tem a coragem de existir conforme sua orientação
sexual.

Alienação e preconceito não só consentidos pelo sistema capitalista, esse
sistema que hipocritamente tenta se aproveitar da luta contra a homofobia para
buscar lucro também nisso.
Basta ver o quanto nas últimas décadas grandes
empresas privadas pelo mundo afora lucram com o que denominam “o mercado LGBT”
e tentam usurpar as bandeiras do movimento que luta por direitos e pela vida.

Por tudo isso, mais do que no 28 de junho, mas todos os dias, a luta contra
homofobia só vai avançar na luta de nossa classe, somente enfrentando os
preconceitos impostos nos mais diversos espaços da convivência humana e
enfrentando esse sistema que se mantém na exploração e opressão que vamos
vingar nossos mortos e viver numa sociedade onde cada um ser diferente não signifique
ser desigual.

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