Moradia não é privilégio, é direito!

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No dia 7 de dezembro de 2018 um incêndio criminoso foi provocado em Curitiba e será
lembrado como um dos dias mais tristes da história da cidade e da luta por
moradia no Brasil. A Ocupação 29 de março foi destruída, além do fogo, houveram
execuções e desaparecidos no local.

#@txt920@#A
população dessa região há muito tempo encampa as lutas por direito a moradia, no
dia 26 de outubro deste ano, realizaram um ato contra uma ordem de despejo
emitida pela Justiça. Cobraram da Prefeitura uma resposta sobre a regularização
das áreas ocupadas, porém, mais uma vez, a gestão Greca demonstra governar para
os ricos e ignora as reivindicações da população mais pobre.

As
famílias que vivem em ocupações são vítimas do descaso, e da irresponsabilidade
do Estado. O custo de habitação cresce ano a ano, sobretudo nas áreas centrais
das cidades, jogando a população para as periferias. Essa e outras tragédias
acontecem dado a falta de investimento público para sanar o problema
habitacional.
Enquanto a população de baixa renda é penalizada, o poder
judiciário recebe auxílio moradia como complemento de renda de seus salários
avantajados. Esses são os mesmos que se posicionam, em conjunto com o Estado, pelo despejo e remoção de milhares de famílias, agravando a
desigualdade social.

Ocupar e resistir: a Prefeitura de Curitiba
e o abandono da população

As
ocupações são as respostas que as famílias de baixa renda encontram frente a
sua situação econômica. São esses trabalhadores e trabalhadoras que perderam
sua renda e emprego no último período, ganham menos ou igual a um salário
mínimo, que vivem em moradias precárias ou situação de rua.
Além disso, os
direitos básicos como saúde, educação, emprego, saneamento e a própria moradia são muito restritos, quando não ausentes.

#@txt921@#Vale
lembrar que só em 2018 a Prefeitura de Curitiba tentou fechar sete Centros de
Referência de Assistência Social (CRAS), todos localizados em áreas altamente
vulneráveis e com altos índices de violência, além da UPA Pinheirinho, que em
entrevista, o próprio prefeito admitiu ser utilizada em grande parte pela
população da região metropolitana. Após o incêndio, os moradores da ocupação
utilizaram o CRAS Corbélia para doações e higiene pessoal, porém, a administração não
enviou trabalhadores para realizar a limpeza do local, fazendo com que os
próprios servidores, pensando na população, fossem obrigados a realizar a
limpeza.

A falta
de investimento nesses serviços demonstra para quem o poder executivo municipal
e estadual realmente governa. Os ataques sofridos pelas famílias da comunidade
29 de março e das demais ocupações tem elementos bastante nítidos e
representam o descaso e esquecimento da Prefeitura para com essa parcela da
população.

O SISMUC e o SISMMAC repudiam a violência sofrida pela
população marginalizada, nos solidarizamos com as famílias e trabalhadores na
luta pela moradia digna e por melhores condições de vida e trabalho.
Exigimos
que a Prefeitura traga uma resposta para estas famílias, dando assistência
necessária neste momento e regularizem a situação de moradia dos
atingidos pelo incêndio. Aos servidores e servidoras gostaríamos de realizar um
chamado para auxiliar os moradores da Ocupação 29 de março neste momento

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