Mulheres no centro da luta

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Vivemos mais um 8 de março. E,
diferente do que a mídia e o comércio querem nos fazer acreditar, esse não é um
dia de festa, mas, sim, de lembrança e reflexão.

Lembrança do papel ocupado pela
mulher na sociedade e reflexão a respeito de qual papel queremos ocupar. Precisamos
falar sobre isso. É fácil perceber que
apesar dos avanços e das lutas, mais de 100 anos depois da instituição do 8 de
março como Dia Internacional da Mulher, ainda vivemos tempos difíceis e de
resistência diária.

A luta das mulheres contra a Reforma da Previdência é fundamental

E não temos como falar em tempos difíceis sem falar da
proposta de Reforma da Previdência, que ataca diretamente os direitos das
mulheres trabalhadoras. Elas, que já enfrentam mais dificuldade do que os
homens para se inserirem no mercado de trabalho e, quando inseridas, chegam a
receber salários 37% menores que eles, mesmo desempenhando a mesma função.

A Proposta de Emenda
Constitucional (PEC) 287, que é como a Reforma da Previdência tramita no
Congresso Nacional, afeta o conjunto da classe trabalhadora, mas a parcela mais
afetada da classe, caso a proposta seja aprovada, será a de mulheres.

As mulheres que já trabalham mais
e ganham menos perderão ainda mais direitos. A equiparação da idade mínima para
aposentadoria entre homens e mulheres, aos 65 anos, é uma afronta às mulheres.
Pois, além de exercerem suas funções enquanto trabalhadoras, também dão conta
de todo o serviço socialmente atribuído a elas: o trabalho doméstico e o cuidado
com os filhos.

Outro grande ataque previsto na proposta de Reforma Trabalhista
é a contratação temporária de quase um ano. Isso significa receber menos e não
ter direitos garantidos. E, para a mulher, o cenário é ainda mais grave. Se
engravidar durante o contrato temporário, a trabalhadora não terá direito à
estabilidade de gestante. Assim como, com as mudanças, se um trabalhador sofrer
acidente e for afastado, quando retornar poderá ser demitido. Sem direito ao
décimo terceiro, férias, NADA!

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capital e seu Estado atacam o conjunto da classe trabalhadora, aumentando a
exploração e a opressão contra as mulheres trabalhadoras. É importante termos o
8 de março e o histórico de luta que essa data simboliza como inspiração para o
enfrentamento que se aproxima.

A emancipação das mulheres
trabalhadoras está ligada à transformação da sociedade em que vivemos hoje.
Para o capital, a opressão contra as mulheres aumenta ainda mais a exploração
contra a classe trabalhadora.

Por
isso, é importante reforçar que nossa classe é uma só e a luta fica pela metade
sem as mulheres! Convocamos todas as professoras e professores da rede a
somarem-se à luta contra a Reforma da Previdência e os demais ataques sofridos
pelo conjunto da classe trabalhadora!

Violência contra a mulher

Quando muitos pensam que o
machismo já está superado, mulheres são agredidas e violentadas, ganham menos,
trabalham mais, estão sujeitas a assedio e violência física, e se não cuidarem,
ainda levam a culpa!

A cada 90 minutos uma mulher é vítima de feminicídio no
Brasil. Mas isso não é uma especificidade do nosso país. Como não lembrar a
violência brutal sofrida por Lúcia Perez, de apenas 16 anos, na cidade de Mar
del Plata. O caso comoveu o país, gerando uma greve nacional contra a violência
de gênero na Argentina.

A intolerância parece tomar conta
das ruas. Esses ataques são sofridos predominantemente pela classe
trabalhadora, pelas minorias, pobres, mulheres. Por isso, a luta só faz sentido
quando pensamos em uma sociedade justa e livre da exploração de classe, uma
luta de toda a classe trabalhadora!

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