Na manhã desta quarta-feira (03), o dirigente do
Sindicato dos Metalúrgicos de Limeira e Região, João Donizeti da Silva, foi
esfaqueado por um segurança privado da empresa Mercedes-Benz, em Iracemápolis
(SP). João, que é militante da Intersindical, foi imediatamente levado para o
hospital da Santa Casa e passa agora por cirurgia.
A tentativa de assassinato ocorreu por volta das
5h20 da manhã, no início de uma assembleia em que a
direção do Sindicato foi informar os trabalhadores da fábrica sobre o processo
de negociações da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) e da Campanha
Salarial 2016.
Mais do que irresponsabilidade ou falta de
preparo dos seguranças, o atentado contra a vida de João é resultado da
política de combate ao movimento sindical da empresa. Inconformada por não ter
conseguido impor acordos de redução salarial nas regiões de Campinas e Limeira,
a Mercedes-Benz usa a repressão e a violência de sua segurança privada para
tentar impedir a mobilização dos trabalhadores.
Trabalhadores
da Mercedes-Benz de Campinas paralisam a produção em solidariedade
Ao contrário do que esperava a Mercedes, a
violência de sua segurança privada não conseguiu impedir a realização da assembleia.
Ao contrário, a revolta agora se ampliou.
A direção do Sindicato registrou boletim de
ocorrência e vai ao Ministério Público para denunciar a truculência da
segurança privada que atua a mando da Mercedes-Benz.
Ainda nessa manhã, os metalúrgicos que
trabalham na Mercedes de Campinas, juntos com o Sindicato dos Metalúrgicos e a
Intersindical, paralisaram a produção em protesto contra o crime praticado pela
empresa em Iracemápolis.
Contra as balas e as facas que o Capital usa
para ampliar a violência e a criminalização contra a classe trabalhadora, nossa
arma é a ampliação da luta.
