Mais de 105 anos depois da criação do Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, as mulheres ainda recebem salários menores do que o dos homens, possuem dupla jornada por causa
do trabalho doméstico e estão mais sujeitas ao assédio sexual e à violência
física, que na maioria das vezes é cometida pelo próprio parceiro.
Confira alguns dados sobre a desigualdade e opressão vividas pelas mulheres:
Violência
Uma mulher é morta a cada 2 horas no
Brasil, segundo dados do Mapa da Violência 2015. Só em 2013, foram assassinadas
4.762 mulheres no país.
O número coloca o Brasil como o quinto
país mais violento para as mulheres, no ranking mundial.
O quadro é ainda mais alarmante em
relação às mulheres negras. Nos últimos 10 anos, o número de assassinatos
cresceu 54,2%
Estupro
e violência sexual
A cada 11 minutos, alguém é vítima de
estupro no Brasil. Os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram
que houve pelo menos 47.646 estupros em 2014.
Salários menores
A renda média
dos homens brasileiros, em 2014, chegava a R$ 1.831,30. Entre as mulheres
brancas, a renda média correspondia a 70,4% do salário deles: R$ 1.288,50.
Já entre as
mulheres negras, a média salarial é ainda menor: R$ 945,90.
Dupla jornada de trabalho
As mulheres
trabalharam cinco horas a mais que os homens quando se soma a ocupação
remunerada e o trabalho desenvolvido dentro de casa, segundo pesquisa do IBGE.
Em
casa, mulheres trabalham em média20h por semana,o
dobro que os homens. Isso porque sobra para elas todo o peso do trabalho doméstico e o
cuidado com os filhos.
Essas tarefas ainda são
entendidas pela sociedade machista em que vivemos como responsabilidade
exclusiva das mulheres. É preciso romper com essa lógica e avançar na divisão igualitária
do trabalho doméstico entre homens e mulheres.