Trabalhadores da educação entram em greve pelo Brasil

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Faz pouco tempo que o ano letivo começou e, logo após o retorno ao trabalho, as
professoras e professores de diversas cidades e estados brasileiros puderam ver
que muito pouco mudou desde dezembro de 2015. As condições de trabalho não
melhoraram e, em alguns casos, até pioraram, com a lotação das turmas,
fechamento de salas de aula, falta de profissionais e péssima estrutura das
unidades.

2016 já mostrou a que veio e em muitas redes
municipais e estaduais de ensino podemos verificar problemas parecidos com os
que sofremos aqui no chão da escola, em Curitiba. Em muitos desses lugares, os
trabalhadores estão se colocando em movimento e decidiram entrar em greve, como
é o caso da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro e as redes municipais de
São Paulo e Salvador.

Trabalhadores da educação em greve no RJ

Os trabalhadores da rede estadual de ensino do
Rio de Janeiro estão em greve desde o dia 2 de março. O governo do Rio de
Janeiro tenta repassar a conta da crise para os trabalhadores e havia anunciado
que em 2016 não haveria reajuste salarial, como já havia feito no ano passado,
mas a categoria entrou em movimento para mostrar que não irão fazer o jogo do
capital.

No final de 2015, o governador do Rio de
Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB) impôs aos trabalhadores da
educaçãoo parcelamento do 13º em cinco vezes, reajuste salarial zero, turmas
superlotadas e ataques ao sistema previdenciário da
categoria.

O Sindicato Estadual dos Profissionais de
Educação do Rio de Janeiro (Sepe) tem convocado a comunidade e os estudantes a
se somarem a essa luta contra os ataques do Estado. Por todo o Rio de Janeiro,
trabalhadores, alunos, mães e pais têm realizado atos em defesa da educação
pública de qualidade e contra os cortes no orçamento destinado ao setor.

Greve na UERJ

Na última segunda-feira (7), professores e
funcionários da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) também entraram
em greve. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial e melhorias nas
condições de trabalho.

Professores e funcionários criticam o sucateamento
da Universidade com o aumento das terceirizações, a intensificação do trabalho
e a falta de repasse orçamentário.

Professores municipais deflagram greve na
cidade de São Paulo

Os trabalhadores da educação da cidade de São
Paulo decidiram entrar em greve a partir do dia 9 de março. Com data-base em maio, os profissionais de educação têm
como centro da pauta de reivindicações o cumprimento da lei, com a aplicação do
reajuste de 3,74% em maio; a antecipação, também em maio, dos índices de 5,39%,
5% e 4,76%, previstos em lei para ser aplicados em novembro de 2016, maio de
2017 e maio de 2018, respectivamente; e valorização dos pisos dos
trabalhadores.

Além das reivindicações salariais,
a categoria também exige do prefeito Fernando Haddad (PT) melhores condições de
trabalho e organização das escolas, redução do número de alunos por sala de
aula, segurança nas escolas, não à alterações no quadro próprio de previdência,
valorização do Quadro de Apoio, isonomia entre ativos e aposentados, fim das
terceirizações, não à obrigatoriedade do registro do Conselho Regional de
Educação Física (Cref), entre outros.

Em Salvador, profissionais da educação estão em
greve desde o dia 2 de março

Os profissionais da educação da cidade de
Salvador deflagraram greve no dia 2 de março. A principal reivindicação da
categoria é a garantia dos 33,33% de hora-atividade.

No meios de comunicação locais, o prefeito, Antonio
Carlos Peixoto de Magalhães Neto (DEM), afirma que aceitou todas as
reivindicações do magistério. Mas isso não é verdade, de acordo com Sindicato
dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), o Termo de Ajustamento
de Conduta assinado pela Prefeitura com o Ministério Público não garante o
cumprimento de 1/3 da jornada para a hora-atividade.

Independentemente da legenda, os governos têm
repassado a conta da crise para os trabalhadores para continuarem honrando com
os compromissos que firmaram com empresários e bancos. E, nós, como trabalhadoras e trabalhadores temos o dever de nos organizar e combater os ataques que estão recaindo sobre nós. Juntos, unidos e mobilizados, somos muito mais fortes!

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